A advogada que foi presa em flagrante no final de semana por racismo no Cambuí, em Campinas, vai responder pelo crime em liberdade, segundo informou a defesa dela. Lizani Conceição de Miranda, de 43 anos, ofendeu e ainda agrediu funcionários do bar Tatu Bola e um policial militar.
Após ser levada para o 1º DP (Distrito Policial) de Campinas, a suspeita foi encaminhada para atendimento médico no PS São José, onde permanece internada sob cuidados médicos, ainda segundo a defesa. O caso vai ser investigado pelo 13º Plantão Policial de Campinas. Lizani Conceição de Miranda vai responder por injúria racial, crimes de resistência e lesão corporal.
Entenda como foi o caso de racismo em bar no Cambuí
Um funcionário, que preferiu não se identificar, relatou à EPTV Campinas que o caso começou após Lizani, que estava descalça no bar, esbarrar e derrubar um copo no chão.
“Para não machucar o pé dela, eu orientei ela a colocar um calçado e a mesma ficou muito brava, irritada dentro do bar, tirou a documentação dela que é advogada e que ninguém iria tirar ela do bar”, relata.
Em seguida, a mulher desferiu palavras ofensivas ao funcionário, chamando-o de “macaco, preto” e deu um empurrão, ainda segundo ele. Ela ofendeu os outros funcionários da mesma forma.
“É difícil viver em um mundo assim, entendeu? É incompreensível que uma pessoa estudada ofenda outra. Que a Justiça seja feita e que ela cumpra com as consequências do que fez. É só isso que eu espero: Justiça.”
No boletim de ocorrência ainda consta que a advogada teria utilizado ofensas raciais contra outras funcionárias do bar. Ela teria dito: “favelada, preta encardida” e “macaca” durante o ataque.
Ela teria ofendido dois funcionários, e uma terceira teria sido agredida fisicamente pela suspeita. As vítimas confirmaram no boletim de ocorrência que as agressões ocorreram durante o horário de funcionamento do estabelecimento.
Testemunhas também relataram que Lizani estava visivelmente embriagada. O documento destaca que, durante o período em que a mulher esteve na delegacia, ela “gritou de forma insistente e demonstrou estar extremamente alterada”.
A Polícia Militar foi acionada para o caso e prendeu a agressora, que ofereceu resistência agredindo um policial no momento da abordagem. A suspeita foi conduzida ao 1º DP (Distrito Policial) de Campinas, para a adoção das medidas cabíveis para o caso. Ela recebeu atendimento médico no Plantão Policial e foi encaminhada ao PS São José.
O que diz o bar e a defesa da advogada?
A reportagem da EPTV entrou em contato com o bar Tatu Bola, onde o caso aconteceu, que informou que por enquanto não vai se pronunciar sobre o assunto, mas deixou os funcionários à vontade para contarem o que aconteceu.
Já a defesa também informou que foi contratada por familiares e atuou na audiência de custódia. “Diante dos fatos e tendo em vista a acusada permanecer internada e sob cuidados médicos, não foi possível o contato direto entre ela e a defesa. Todos os fatos estão sendo apurados e oportunamente serão esclarecidos”, disse.
*Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas
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