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CotidianoAfogamento de família no Rio Tietê: sobrevivente diz não ter visto aviso sobre poço

Afogamento de família no Rio Tietê: sobrevivente diz não ter visto aviso sobre poço

Familiar de vítimas diz que moradores relataram que placa no Rio Tietê estava encoberta pela água; caso será apurado pela Polícia Civil de Jaú

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Local onde família de  Sumaré morreu afogada (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Local onde família de Sumaré morreu afogada (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

Apesar de ter ouvido de moradores que a área onde os cinco familiares de Sumaré morreram afogados no Rio Tietê tinha um aviso sobre a presença do poço, o sobrevivente da tragédia na véspera de Natal contou à EPTV Campinas que não viu qualquer aviso e reclamou que as placas deveriam estar visíveis.

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“Segundo os moradores, dizem que existe um aviso sobre o poço lá, mas está encoberto pela água. Acho que, devido à época de chuva, o rio sobe e depois baixa. Por mim, se tivesse um aviso, tinha que estar fora da água né?”, defende Manoel Ariston de Oliveira, que é marido, pai, avô e sogro das vítimas.

A informação foi confirmada pela irmã e tia das vítimas, Diana Aparecida Dias. De acordo com ela, a família termina a construção de um rancho no local, mas ainda não havia sido informada sobre a existência dos poços no rio.

“Tem poços de 10 metros, tem poços de 3 metros, em uma questão de metros de distância da terra para a água. É fácil de cair. Os moradores antigos sabem que existem os poços, mas minha irmã fazia dois anos que comprou o terreno. Eles estavam construindo a casa, em fase de acabamento, então agora que estavam aproveitando a área e ninguém tinha avisado dos poços”, lamentou a mulher.

Nicolly Luize Dias da Silva, de 9 anos, Emily Camile Dias da Silva, 3 anos, Cynthia Silva dos Santos, 25 anos, e Denise Aparecida Dias da Silva, de 51 anos, foram veladas e sepultadas na manhã desta segunda-feira (26) no Cemitério da Saudade, em Sumaré. O corpo de Kervellin Wallace da Silva, de 29, aguarda liberação no IML (Instituto Médico Legal) e deve ser enterrado nos próximos dias.

Em contato com a EPTV Campinas, o delegado da Polícia Civil de Jaú, responsável pelo caso, Márcio Leandro Moretto, alegou que já teve acesso ao boletim de ocorrência e que vai abrir um inquérito pra apurar o caso. Segundo ele, testemunhas e sobreviventes devem prestar depoimento nos próximos dias e os laudos da perícia realizada no local do afogamento devem ser anexados.

 

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O CASO

As cinco pessoas da mesma família morreram afogadas no sábado, enquanto nadavam no Rio Tietê, entre Dois Córregos e Mineiros do Tietê. O afogamento matou duas crianças, de 3 e 9 anos, além dos pais, de 25 e 2, e da avó, de 51.

O marido de Denise, pai de Kervellin e avô das meninas conta que a família tem um rancho e viajou ao local para passar o Natal e o Ano Novo. Ao contrário da versão dos bombeiros, de que a tragédia iniciou com o afogamento de uma das crianças, ele relata que todos se afogaram juntos, ao caírem em um poço.

“A gente tem um ranchinho lá e a minha esposa queria passar o Natal e Ano Novo lá, levou o filho dela, com as noras, as netas, e tem o Rio Tietê que faz fundo com os ranchos. A gente estava brincando, a água estava na cintura, minha esposa estava com a mais velha, o filho dela estava com a mais nova e a gente estava brincando, um jogando água no outro, quando de repente caímos em um poço lá. Ela ainda tentou jogar a criança para ver se conseguia tirar, mas esse poço engoliu praticamente todo mundo ali, só eu que consegui sair”, diz.

Família de Sumaré morreu afogada no Rio Tietê (Foto: Reprodução/Rede sociais)
Família de Sumaré morreu afogada no Rio Tietê (Foto: Reprodução/Rede sociais)

TENTOU RESGATAR

Em depoimento e emocionado, Manoel conta que tentou resgatar a esposa e as crianças, mas também foi puxado pelo poço. “Eu tentei tirar ela e não consegui, teve outro rapaz que tentou ir quase foi junto com eles”. Segundo ele, os momentos de brincadeiras se tornaram uma tragédia em questão de segundos.

“Não tinha um metro de uma pessoa para a outra, estava todo mundo brincando. A minha esposa quando afundou me deu a mão, mas, quando peguei, não senti o chão, e foi rápido. Foi todo mundo já ficando encoberto, ela soltou a minha mão, tentou empurrar a menina que estava no colo…”, lamentou.

“Era tipo uma praia, a gente estava brincando na areia, na água. Tinha um pouco de onda porque estava ventando, e nisso a gente foi se movimentando e aí caímos nesse poço que não tinha mais chão”, completou.

 

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