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CotidianoAluno acusa professor da Unicamp de usar faca para ameaçá-lo durante protesto; vídeo

Aluno acusa professor da Unicamp de usar faca para ameaçá-lo durante protesto; vídeo

De acordo com a Polícia Civil, o professor foi levado para a delegacia para prestar esclarecimento sobre a briga

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Um professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) é suspeito de agredir e tentar esfaquear um aluno, na manhã desta terça-feira (3), durante o protesto e paralisação de estudantes e funcionários que ocorre no campus do distrito de Barão Geraldo, em Campinas.


A acusação foi feita pelo aluno Gustavo Bispo, de 20 anos, que é diretor do DCE (Diretório Central dos Estudantes). Segundo Bispo, além dele, outro estudante teria sido agredido pelo docente.


Em um vídeo publicado nas redes sociais é possível ver o momento em que dois homens, que seriam o docente e o aluno, aparecem brigando ao lado de uma grade, em um andar superior. Os dois se agridem no chão e há muita gritaria. No vídeo é possível ver que o homem, que seria o professor, segura um objeto pontiagudo. Na sequência, dois homens, aparentemente seguranças da universidade, separam a briga e conseguem apreender um objeto que aparenta ser uma faca.

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De acordo com a Polícia Civil, o professor foi levado para a delegacia para prestar esclarecimento sobre a briga. À EPTV, a o advogado de defesa afirma que o mesmo puxou a faca para se defender e que já teria sido ameaçado por alunos.

Em nota, a reitoria da Unicamp repudiou o ato e informou que a conduta do funcionário será averiguada.

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A denúncia

Em uma rede social, Gustavo Bispo denunciou a agressão.

“Hoje, no momento em que a Unicamp amanheceu paralisada, ao tentar um diálogo com um professor sobre a paralisação o professor pegou no meu braço, me jogou no chão e levantou uma faca para mim vindo para cima”, disse. Apesar do susto, ele não ficou ferido.

Outro aluno também disse que o mesmo professor ameaçou o atacar com spray de pimenta, porém foi impedido por outras pessoas.

O docente foi identificado como Rafael de Freitas Leão e atua no Insituto de Matemática. Nas redes sociais, o professor publicou fotos com uma faca e postou uma imagem de um homem com um machado. A princípio, a informação era e que o portador do arma branca seria o docente da Unicamp, no entanto, o docente postou a imagem de um conhecido segurando o objeto.

Apesar da versão dos estudantes, Rafael registrou um boletim de ocorrência e afirmou que foi atacado (veja mais abaixo). O caso foi encaminhado para o 7º DP (Distrito Policial) e segundo a Polícia Civil o professor foi ouvido.

A versão do professor

Um boletim de ocorrência também foi registrado pelo professor, identificado como Rafael de Freitas Leão.

Nele, o docente afirma que já sofreu ameaças de alunos e representou contra estudantes em 2016, e por isso carregava na data de hoje um frasco de spray pimenta e uma faca para sua defesa, mas não sabia da paralisação.

Segundo a versão do professor, ao chegar na sala viu um grupo de jovens aglomerados na entrada, mas não soube informar se o grupo era de estudantes da Unicamp, e Gustavo teria investido contra ele, comunicando que não haveria aula por causa da paralização.

No boletim, Leão afirma ainda que foi empurrado no chão, teve lesões na cintura e por isso teria se munido do spray e faca, e após a confusão, com medo de ser linchado teria usado o spray contra os estudantes.

O que diz a Unicamp?

Em nota, a Reitoria da Unicamp repudiou atos de violência praticados no campus e afirmou que a conduta do docente será analisada.

“A conduta do docente, para além do inquérito policial instaurado, será averiguada por meio dos procedimentos administrativos adequados e serão tomadas as medidas cabíveis. Ressalte-se, ainda, que a Reitoria vem alertando que a proliferação de atos de violência com justificativa ou motivação política não é salutar para a convivência entre diferentes. É preciso, nesse momento, calma e serenidade para que os conflitos sejam tratados de forma adequada e os problemas, dirimidos”, diz em texto.

O protesto

manifestação de trabalhadores e estudantes da Unicamp deixou o trânsito lento dentro e no entorno do campus do distrito de Barão Geraldo na manhã desta terça-feira.

Conforme apurado pela reportagem, o protesto começou por volta de 7h e há ao menos três pontos de bloqueios. Os grupos manifestam contra a privatização de órgãos estaduais e precarização das instituições públicas de ensino, em apoio à greve que acontece hoje também na capital.

Em fotos feitas pelo campus, é possível ver filas de carros na rotatória de entrada, o que causa trânsito intenso, com congestionamento na Avenida Guilherme Campos e chegando até a Rodovia D. Pedro I (SP-065). Nas entradas do campus, estudantes levam faixas e cartazes.

Imagens também mostram entradas de Centros Acadêmicos bloqueadas com cadeiras, como é o caso do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas),a Fenf (Faculdade de Enfermagem) e o IA (Instituto de Artes).


A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) confirmou também que há manifestação pela Avenida Dr. Romeu Tortima, no sentido bairro. Agentes foram acionados e monitoram o trânsito. A Emdec também informou que a Polícia Militar também está no local.

Segundo o DCE (Diretório Central de Estudantes da Unicamp), a manifestação é feita para “exigir contratação de mais professores, o fim das privatizações, mais estrutura, melhores condições de aprendizado para os estudantes e de trabalho para os trabalhadores”.

A Unicamp informou que “a paralisação é estadual em protesto aos projetos de privatização do governo do Estado e em apoio ao movimento da USP, que pede a contratação de professores”.

A universidade informou que uma parte dos estudantes da Universidade aderiu a essa paralisação, com a adesão e apoio também do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp).

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