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CotidianoAntidrepressivos estão na lista dos remédios mais procurados em Campinas

Antidrepressivos estão na lista dos remédios mais procurados em Campinas

De acordo com levantamento, a Prefeitura recebeu mais de 40 mil receitas para remédios psiquiátricos neste ano

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*Com informações de Gustavo Biano/EPTV

Os antidepressivos estão na lista dos medicamentos mais procurados pela população nos Centros de Saúde de Campinas. Só neste ano, foram 40,1 mil prescrições na rede pública de Saúde, segundo levantamento da Prefeitura. Desde a pandemia da covid-19, os remédios para depressão e ansiedade estão na lista dos dez medicamentos mais buscados.

Antes da pandemia, os ansiolíticos e antidepressivos não apareciam na lista. Em 2020, dois medicamentos para saúde mental apareceram no ranking, sendo a sertralina e a fluoxetina.

Em 2021, a sertralina continuou no ranking e foi a quinta medicação com o maior número de receitas recebidas pelas farmácias da metrópole. Em 2022, o medicamento passou para a oitava posição. Já neste ano, aparece no último lugar dos 10 remédios mais buscados.

Veja os remédios mais buscados:

  1. Dipirona (comprimidos) – 166.524 receitas
  2. Losartana – 89.162 receitas
  3. Omeprazol – 67.151 receitas
  4. Ibuprofeno – 65.138 receitas
  5. Sinvastatina – 61.567 receitas
  6. Hidroclorotiazida – 60.035 receitas
  7. Ácido acetilsalicílico – 50.159 receitas
  8. Anlodipino – 46.662 receitas
  9. Dipirona (gotas) – 46.236 receitas
  10. Sertralina – 40.177 receitas

Saúde emocional

Para o psiquiatra Fernando Tomita o aumento na procura por antidepressivos é motivado por uma preocupação maior a saúde emocional e o avanço nas fórmulas dos medicamentos.

“A pandemia aumentou o interesse, a preocupação de todo mundo com a própria saúde emocional. Ficou mais natural que as pessoas busquem ajuda para saúde mental, então aqueles estigmas do tratamento psiquiátrico foram diminuindo ao longo do tempo”, afirma.

Outro ponto que pode ter causado o aumento da busca por remédios de saúde mental é a diminuição dos efeitos colaterais nas novas fórmulas.

“As medicações são indicadas em casos mais graves, então também é importante não banalizar muito a indicação do remédio. Mas, com certeza, a aceitação do uso do remédio tem melhorado”, destaca.

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