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CotidianoApós novas mortes por maculosa, Campinas vai contar capivaras em mais dois locais

Após novas mortes por maculosa, Campinas vai contar capivaras em mais dois locais

Equipes vão monitorar capivaras na Fazenda do Exército e na Lagoa do São Domingos; veja total de animais em outras áreas

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Após confirmar mais duas mortes por febre maculosa, a Prefeitura de Campinas anunciou nesta sexta-feira (4) que as equipes da secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável vão contar as capivaras existentes na Fazenda do Exército e a Lagoa do São Domingos. A ação é necessária para que o município prossiga com o plano de esterilizar os animais (leia detalhes abaixo).

Segundo o município, a previsão é que os trabalhos comecem na próxima segunda-feira (7) e durem cinco dias. O censo faz parte do Projeto de Manejo e Esterilizações de Capivaras nos Parques Públicos, que foi iniciado em 21 de junho e contabilizou, até agora, 169 mamíferos da espécie. A medida detalha quais são machos, fêmeas, filhotes, e os que vivem em grupos ou solitários.

Pelo levantamento realizado nas últimas semanas, foram identificadas 48 capivaras na Lagoa do Taquaral, 28 no Lago do Café, 10 no Parque das Águas, 65 no Parque Ecológico, quatro na Lagoa do Mingone, oito na Lagoa do Jambeiro, e seis no Parque das Pedras, na região do Shopping D. Pedro.

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Veterinário explica a esterilização

A contagem é necessária para que o município obtenha junto ao governo estadual a licença para esterilizar os animais, ação que reduz o risco de transmissão da febre maculosa. De acordo com o veterinário da pasta, Paulo Anselmo Nunes Felipe, a medida ajuda a controlar a população do roedor, que é um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da doença.

“A esterilização evita não só o nascimento de novos filhotes como a entrada de novos membros no grupo e, com isso, a circulação da bactéria rickettsia, que infecta o carrapato”, explica o veterinário, que defendeu anteriormente ao acidade on Campinas que as capivaras não devem ser abatidas ou caçadas.

“Mesmo que fosse possível retirar todas as capivaras do planeta, a gente correria o risco de ter ainda febre maculosa, porque existem algumas espécies de carrapatos em que o cão faz esse papel. Então a doença tá muito mais relacionada com o carrapato do que com a capivara. Toda vez que as capivaras foram retiradas de locais, as regiões foram recolonizadas”, afirma Nunes, detalhando também que a espécie tem grande capacidade reprodutiva.

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Mortes por febre maculosa

A Prefeitura de Campinas anunciou um conjunto de ações de combate à febre maculosa no dia 14 de junho, depois de um surto na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio. Na ocasião, quatro pessoas morreram após se infectarem durante eventos e o local foi fechado devido à alta de casos.

Depois disso, no último dia 2, a secretaria de Saúde de Campinas divulgou duas novas mortes causadas pela febre maculosa, além de um caso de cura da doença. Com isso, chegou a sete casos confirmados e cinco mortes ao longo de 2023. No ano passado, Campinas confirmou 11 casos. Destes, sete pessoas morreram.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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