A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta quarta-feira (2) duas novas mortes causadas pela febre maculosa, além de um caso de cura da doença. Com isso, a cidade registra sete casos confirmados da doença neste ano, resultando em cinco mortes.
O primeiro caso foi o de uma mulher de 49 anos, que evoluiu para a cura. O provável local de infecção foi em outro município, e os primeiros sintomas surgiram em 31 de maio.
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O segundo caso é de um homem de 46 anos, que faleceu em 9 de julho. A investigação ainda está em andamento para determinar o local provável de infecção, e os primeiros sintomas foram relatados em 5 de julho.
A terceira vítima é um jovem de 18 anos, que morreu em 28 de julho. O local provável de infecção foi a Fazenda do Exército, no 28º BIMec (Batalhão de Infantaria Mecanizada), e os sintomas iniciaram em 23 de julho.
Surto
Em junho deste ano, Campinas registrou um surto de febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, após a morte de quatro pessoas que frequentaram o evento “Feijoada do Rosa” no final do mês de maio e se infectaram no local. Já no ano passado, Campinas confirmou 11 casos. Destes, sete pessoas morreram.
Ações de prevenção
A Secretaria de Saúde de Campinas informou que realiza atividades de prevenção contra a febre maculosa, como palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos, vistorias em locais prováveis de infecção, capacitações a profissionais de saúde, intensificação da comunicação de risco, medidas de educação em saúde à comunidade e produção de vídeos educativos para as redes sociais. Apenas neste ano, já foram feitas cerca de 100 atividades do gênero, sendo que parte delas foi voltada ao Exército.
Outra providência da Prefeitura foi a sanção da lei 16.418, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa. Para atender à lei, foi realizada uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais
Além disso, a Administração reforçou todas as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques públicos com aumento de placas e distribuição de cartazes para farmácias e centros de saúde nas imediações de áreas consideradas de risco.
Cuidados
A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato estrela infectado pela bactéria que causa a doença. Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas, que são:
- febre
- dor de cabeça
- dor intensa no corpo
- mal-estar generalizado
- náuseas
- vômitos
- manchas vermelhas pelo corpo
Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue.
Não existe vacina contra a doença e não é possível eliminar totalmente o carrapato das áreas de vegetação. A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos apropriados.
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