Após a ala vermelha do Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, em Campinas, voltar a registrar superlotação nesta quarta-feira (26), a Rede Mário Gatti decidiu suspender as cirurgias eletivas – aquelas que não são de urgência e emergência, na unidade.
A Prefeitura confirmou que a ala funcionava hoje com 23 pacientes. A capacidade é de 12. Segundo os funcionários, que preferem não se identificar, quatro pacientes chegaram a dividir um torpedo de oxigênio, e a sala possui apenas três painéis para oxigenação.
A sala vermelha é o local onde pacientes não contaminados pela covid-19 são recebidos, entre eles vítimas de acidentes, infartos, entre outros. Até conseguir a transferência para os leitos de enfermaria e UTI (Unidade de Terapia Intensiva), os enfermos tem que esperar em macas.
“Estamos em meio a situação próximo da situação de guerra. É o mesmo número de funcionários, mas com uma demanda muito maior. Hoje tornamos a suspender eletivas. Apenas tomamos o cuidado para não tornar cirurgias oncológicas como eletivas”, afirmou Sergio Bisogni, presidente da Rede, em entrevista à EPTV.
No início desse mês, a situação de superlotação na ala já tinha sido denunciada por reportagem. Na época, a Prefeitura indicou que iria desmobilizar leitos de UTI destinados aos pacientes com covid, para receber pacientes com outras doenças e acidentados. No entanto, a pressão com aumento nos casos também de covid-19 causa preocupação.