O líder espiritual André Lanzoni, acusado de abuso sexual, terá sua primeira audiência de uma das ações no dia 27 de julho, segundo informou a Polícia Civil de Campinas.
A denúncia mais recente foi recebida pela Justiça em 15 de maio. Nesta segunda-feira (4), o Ministério Público informou que foram identificadas sete vítimas e todos os processos são por crimes de violação sexual mediante fraude na forma qualificada.
O caso foi divulgado em 10 de março, após Lanzoni ter sido detido pela Polícia Civil veja detalhes abaixo. De acordo com o Ministério Público, o suspeito segue preso.
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A Polícia Civil ouviu 11 vítimas, mas quatro tiveram os procedimentos arquivados. O caso foi investigado pelo 12º Distrito Policial, que informou que a apuração foi concluída e repassada ao Ministério, órgão responsável pelas denúncias.
O CASO
André Corrêa Lanzoni, de 43 anos, se apresentava como líder espiritual e terapeuta holístico. Ele foi preso no dia 10 de março por praticar uma série de crimes sexuais no distrito de Sousas.
Nos depoimentos, os relatos são de abuso, tortura psicológica e também de uma possível extorsão. As investigações da Polícia Civil começaram há mais de dois meses depois de relatos e denúncias das vítimas.
Segundo a polícia, ele abusou sexualmente de pelo menos 20 vítimas na clínica onde ofereceu o tratamento por dez anos. Ele é formado em matemática e física e já deu aulas em colégios renomados da cidade.
A clínica parou de funcionar em dezembro do ano passado quando as denúncias começaram. Em depoimento, ele confirmou que a renda mensal, junto com a esposa, chegava a quase R$ 70 mil.
André Lanzoni também é investigado por estelionato, uma vez que usava dinheiro de outras pessoas da casa para fazer investimentos como em imóveis.
A MULHER DE LANZONI
No dia 14 de março, a mulher do líder espiritual André Corrêa Lanzoni negou à Polícia Civil que tinha conhecimento dos casos.
“Eu ouvi a mulher do André Lanzoni e ela negou perimptoriamente que sabia das atrocidades que ele fazia com as pacientes. Chorou, estava muito nervosa”, disse o delegado responsável pelo caso, José Roberto Rocha Soares.
O delegado afirmou ainda que ela foi ouvida em apenas um inquérito, e ainda existem outros quatro já instaurados. “Tem mais quatro, que precisa ouvir, que já estão instaurados. E tem mais cinco vítimas. Vamos ouvir com calma ela, pra ver se tem participação. Pelo que parece, não”, disse ele.
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