O botijão do gás de cozinha registra um aumento de até R$ 10 a partir desta quinta-feira (8), em Campinas. Segundo a categoria, o aumento ocorre devido ao dissídio dos empregados que trabalham com a produção e distribuição do gás de cozinha.
De acordo com um levantamento da produção da EPTV Campinas, de dez distribuidoras de gás de cozinha, quatro revendedoras da cidade já fizeram o reajuste. Além disso, duas revendedoras vão fazer nos próximos dias e as outras quatro, por enquanto, não aumentaram os valores.
Com isso, o botijão está sendo vendido por R$ 115 com a retirada, e R$ 130 com a entrega no domicílio. Entretanto, responsáveis pelo setor afirmaram que o reajuste nos botijões já é realizado nos primeiros dias de setembro de todo ano, independentemente do reajuste salarial.
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“Todo mês de setembro de cada ano acontece isso, é inevitável. É com muita dor que temos que repassar esse aumento, até em virtude dos combustíveis, que estão caindo, porém, esse é o aumento que vem das distribuidoras para o revendedor autorizado, e não temos como absolver isso”, explica Paulo Antonio de Oliveira, dono de distribuidora.
Mesmo não tendo o percentual da categoria, as distribuidoras já fornecem o valor aos revendedores. “Elas já passam porque já têm negociações. Então, eles já passam para começar a fazer a prática desses preços”, reforça Paulo.
“Sabemos que dói no bolso do consumidor final, porém, se não fizermos isso, vamos começar a quebrar. Então, é necessário que a gente repasse isso para manter um serviço de boa qualidade. As empresas autorizadas têm que praticar o preço correto”, finaliza o dono da distribuidora.
O QUE DIZEM OS ÓRGÃOS OFICIAIS?
Em nota, o Sindigás esclarece que os preços do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado. “As distribuidoras associadas não reportam ao Sindigás qualquer aumento ou baixa de preço e não há como fazer uma previsão ao consumidor”, afirma.
“O reajuste anual dos salários do setor, cuja data-base é 1º de setembro, tem impacto importante nos custos das Distribuidoras e dos Revendedores de GLP. Entretanto, o Sindigás não participa dos processos decisórios das empresas, desconhecendo suas estratégias de provisão para os efeitos que possam decorrer da negociação da Convenção Coletiva de Trabalho, ainda em curso, e menos ainda sua consequência nos preços. É importante mencionar que os resultados das negociações afetam os custos, retroativamente a 1º de setembro, independentemente da data em que forem concluídas”, diz trecho da nota.
O Sindigás ainda destaca que cabe ao consumidor pesquisar a melhor oferta dentro das marcas e das revendedoras que confia.
Já a ANP (Agência Nacional de Petróleo) disse que não tem participação na formação dos preços dos combustíveis e do GLP, não regula e não comenta variações nos preços.
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