A secretaria de Saúde confirmou na tarde desta quarta-feira (8) mais quatro mortes por dengue em Campinas. As vítimas tinham entre 57 e 90 anos, e os óbitos aconteceram entre 29 de março e 13 de abril – veja detalhes abaixo. Com isso, o número de mortes causadas pela doença em 2024 chega a 20.
Entre 1º de janeiro e 8 de maio foram confirmados 77.767 casos de dengue na cidade, em que já é a pior epidemia da doença da história na cidade.
Perfil das vítimas das quatro mortes por dengue
- Sexo masculino, 88 anos, com comorbidades. Foi atendido na rede privada e era morador da área de abrangência do CS Barão Geraldo. Teve início dos sintomas em 23 de março e morreu em 29 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
- Sexo masculino, 57 anos, sem comorbidade. Foi atendido na rede pública e morava na área de abrangência do CS Itajaí. Teve início dos sintomas em 5 de abril e morreu no dia 10 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo masculino, 90 anos, com comorbidades. Foi atendido na rede privada e era morador da área de abrangência do CS Sousas. Teve início dos sintomas em 21 de março e morreu em 29 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
- Sexo masculino, 59 anos, sem comorbidade. Foi atendido na rede pública e morava na área de abrangência do CS União de Bairros. Teve início dos sintomas em 9 de abril e morreu no dia 13 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
Outras mortes pela doença em Campinas
- Sexo feminino, 74 anos, com comorbidades, moradora da área de abrangência do CS Costa e Silva. Foi atendida na rede privada. Teve início dos sintomas em 25 de março e morreu em 28 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
- Sexo masculino, 83 anos, com comorbidades, morador da área de abrangência do CS Taquaral. Foi atendido na rede privada. Teve início dos sintomas em 3 de abril e morreu no dia 8 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 3.
- Sexo feminino, 73 anos, com comorbidades, moradora da área de abrangência do CS 31 de Março. Foi atendida na rede privada. Teve início dos sintomas em 10 de março e morreu 4 de abril. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
- Sexo masculino, 99 anos, com comorbidades, morador da área de abrangência do CS Sousas. Foi atendido na rede privada. Teve início dos sintomas em 8 de março e morreu no dia 28 do mesmo mês. O sorotipo não foi identificado no exame.
- Sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades, moradora da área de abrangência do CS DIC 3. Foi atendida na rede pública. Teve início dos sintomas em 18 de março e morreu em 21 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo masculino, 43 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Pedro Aquino. Ele não tinha comorbidade, apresentou sintomas em 13 de março e o óbito ocorreu em 17 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo feminino, 84 anos, atendida na rede privada de saúde e moradora da área de abrangência do CS Santos Dumont. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 7 de março e o óbito ocorreu em 12 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo feminino, 10 anos, atendida na rede pública e saúde e moradora da área de abrangência do CS Fernanda. Ela tinha comorbidades, apresentou sintomas em 1º de abril e o óbito ocorreu em 5 de abril. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo feminino, 39 anos, atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS (Centro de Saúde) União de Bairros. Ela apresentou sintomas em 24 de fevereiro e o óbito ocorreu em 2 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo feminino, 91 anos, atendida na rede privada de outro município e moradora da área de abrangência do CS Santo Antônio. Ela teve sintomas em 24 de janeiro e o óbito foi em 30 de janeiro. O sorotipo não foi identificado no exame.
- Sexo masculino, 63 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Vista Alegre. Ele apresentou sintomas em 8 de março e o óbito foi em 13 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
- Sexo feminino, 89 anos, atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Sousas. Ela teve sintomas em 10 de março e o óbito ocorreu em 14 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
- Sexo masculino, 72 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do Centro de Saúde União dos Bairros. Ele apresentou sintomas em 27 de fevereiro e o óbito ocorreu em 3 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo masculino, 94 anos, atendido na rede privada e morador da região de abrangência do Centro de Saúde Integração. Ele apresentou sintomas em 10 de fevereiro e o óbito ocorreu em 15 de fevereiro. O sorotipo não foi identificado no exame.
- Sexo feminino, 86 anos, atendida na rede privada e moradora da região de abrangência do Centro de Saúde DIC III. Ela apresentou sintomas em 11 de fevereiro e o óbito foi em 15 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
- Sexo feminino, 94 anos, atendida na rede privada e moradora da região de abrangência do Centro de Saúde Eulina. Ela apresentou sintomas em 30 de janeiro e o óbito foi em 12 de fevereiro. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
O que fazer em caso de suspeita de dengue?
A Prefeitura orienta que a pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
Importância da hidratação
A médica do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) Elda Motta reforça a importância da hidratação e da avaliação médica em caso de dengue, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades.
“A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, é preciso beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações, além de procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas”, explica.
Ela ainda lembra que o volume de líquido que deve ser consumido é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados, como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos.
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