*Com informações de EPTV Campinas*
Um levantamento da Prefeitura de Campinas indica que a metrópole gera 1,3 mil toneladas de lixo por dia. Com a população estimada em 1,1 milhão de habitantes, o balanço indica que cada morador de Campinas produz em média 1,1 kg de lixo diariamente.
Apesar desse número ainda ser significativo, houve uma redução na produção de resíduos na metrópole. Conforme dados da secretaria de Serviços Públicos, em 2019, antes da pandemia de covid-19, a cidade recolhia diariamente 1,5 mil toneladas de lixo, o que representa um aumento de 13% em relação aos números atuais.
Vale destacar que essa redução, segundo a Prefeitura, pode estar mais relacionada a uma queda nos padrões de consumo do que necessariamente a um aumento na conscientização ambiental.
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De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, a queda na geração de lixo está ligada a uma mudança de renda, com os moradores passando a gastar menos e como consequência, uma redução de resíduos.
“Esse impacto existe em todas as camadas, mais precisamente na classe média, C,D e E. São as que mais sofrem com a questão econômica, e o lixo é um indicador econômico muito sensível”, afirmou.
Produtos mais caros
Nos mercados, os consumidores confirmaram uma redução no consumo. “A gente começou a consumir menos e procurar mais preço do que qualidade”, afirmou o comerciante Fernando Gianini.
A manicure Andrea Maria também relatou ter diminuído a quantidade dos itens comprados mensalmente. “A alimentação a gente dá prioridade. Mas a limpeza, por exemplo, já não compro tudo que eu comprava”, disse.
Uma pesquisa do Observatório da PUC-Campinas mostrou uma mudança no perfil da renda dos moradores da cidade. Os jovens estão conquistando mais vagas de emprego, mas em contrapartida o salário acaba sendo inferior e não agrega muito na renda familiar.
“Pelos nossos dados em média um jovem está ganhando R$ 1,8 mil no salário de entrada e ao mudar essa questão de orçamento muda a questão de consumo, porque o mais velho perdeu e o mais jovem entrou. Em torno de estrutura familiar esse orçamento fica mais direcionado ao bem básico do que para um maior padrão de consumo, reduzindo os resíduos gerados pelas famílias”, explicou.
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