A secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde de segunda-feira (2) mais cinco mortes por dengue na cidade. Com isso, o total chega a 65 neste ano. Os novos registros de mortes ocorreram entre 31 de março e 27 de maio, e as vítimas tinham entre 54 e 94 anos. Até ontem, a cidade contabilizava 118.577 casos da doença neste ano.
A Pasta lamentou e se solidarizou com as famílias das vítimas da dengue. Segundo a Saúde, o desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e características individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes.
“Não há relação direta com a oscilação de casos, embora o Município tenha registrado redução da transmissão da doença a partir da segunda quinzena de maio, por conta de baixas temperaturas, e estabilidade desde julho”, afirma a secretaria de Saúde.
Também pontuou que, assim como em todas as situações de casos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
Quem eram as vítimas das mortes por dengue
- Sexo feminino, 71 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Conceição. Ela teve início dos sintomas em 20 de abril e o óbito ocorreu no dia 30 do mesmo mês.
- Sexo feminino, 94 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Aurélia. Ela teve início dos sintomas em 26 de abril e o óbito ocorreu em 3 de maio.
- Sexo feminino, 54 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Aurélia. Ela teve início dos sintomas em 18 de maio e o óbito ocorreu no dia 22 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 87 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS Boa Vista. Ele teve início dos sintomas em 24 de maio e o óbito ocorreu no dia 27 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 67 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Vista Alegre. Ele teve início dos sintomas em 14 de março e o óbito ocorreu no dia 31 do mesmo mês.
Situação atual da doença em Campinas
Campinas declarou fim do estado de emergência para dengue em 14 de junho, mas ainda registra número elevado de casos para o período, de acordo com a Saúde. Com isso, as medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo pela população, inclusive durante o Inverno. O pico de transmissão da dengue neste ano foi entre 7 e 13 de abril.
Contexto nacional
A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas:
- A circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história;
- Condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor entre outubro e início de maio.
O que fazer em caso de suspeita de dengue?
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. A Pasta pede que a população não banalize os sintomas e não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
Como prevenir a dengue?
A pasta pede que os moradores de Campinas eliminem qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. Segunda a Saúde, é importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados. Os cuidados devem ser mantidos no Inverno.
“Os ovos dos mosquitos podem resistir por meses no ambiente, reforçando a importância do descarte adequado de todo material em desuso que possa conter ovos e acumular água. Separe dez minutinhos por semana, isso faz toda a diferença”, ressalta o coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto.
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