A secretaria de Saúde de Campinas confirmou, no final da tarde desta terça-feira (11), mais duas mortes causada pela dengue na cidade. Com os novos registros, o total de mortes pela dengue no município chegou a 37 casos neste ano que já registrou recorde histórico. O último balanço divulgado pela pasta havia sido na última quinta-feira quando a Saúde divulgou cinco mortes, incluindo o caso de uma grávida e um adolescente de 17 anos.
Dessa vez, as vítimas da doença em Campinas tinham 35 e 83 anos. Os novos óbitos ocorreram nos dias 3 e 6 de maio. Desde 1º de janeiro foram registrados 106.518 casos de dengue em 2024.
Perfil das novas mortes por dengue:
- Sexo feminino, 35 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Floresta. Ela teve início dos sintomas em 28 de abril e o óbito ocorreu em 3 de maio.
- Sexo masculino, 83 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Lisa. Ele teve início dos sintomas em 30 de abril e o óbito ocorreu em 6 de maio.
Em nota a secretaria lamentou as novas mortes e se solidarizou com as famílias.
Como está a situação da dengue em Campinas?
A Saúde informou que com a queda acentuada das temperaturas desde a semana retrasada, é esperado que os casos de dengue diminuam ainda mais. “Por outro lado, é preciso alertar que as medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo”, afirmou o coordenador do Programa de Arboviroses, Fausto de Almeida Marinho Neto.
O pico de transmissão da epidemia de dengue ocorreu no período entre 7 e 13 de abril.
A pasta ainda ressalta que as mortes por dengue estão ligadas principalmente a fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, como doenças preexistentes.
Contexto nacional
A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas, segundo a Saúde:
- a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e
- condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor entre outubro e início de maio.
O que fazer em caso de suspeita de dengue?
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. A Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
“A gravidade por dengue se dá, principalmente, na fase que a gente considera crítica, quando a pessoa deixa de ter febre. É diferente de outras viroses. Nesse momento, as pessoas devem estar muito atentas se melhoram ou se começam a ter algumas alterações, como muitos vômitos, algum sinal de sangramento, por exemplo, na gengiva, ou se a mulher menstruada começa a ter um maior volume, tem aquela sensação de desmaio e começa a se sentir mais indisposta. Essas pessoas têm que voltar imediatamente para a assistência médica para fazer hidratação, muitas vezes, na veia. Uma outra questão que faz a pessoa ter um desfecho favorável é conseguir beber a quantidade de líquido prescrita, que são 60 mL por quilo de peso. Isso é qualquer líquido e um terço disso em sais de hidratação”, alertou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea von Zuben.
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