Com informações de Heitor Moreira/EPTV
O número de pedidos de medidas protetivas subiu 17,7% nos primeiros sete meses de 2023, em Campinas. De acordo com um levantamento da Polícia Civil, foram feitas 1.654 solicitações de janeiro a julho deste ano, ante 1.405 pedidos em 2022. Uma moradora de Campinas, que prefere não se identificar, foi vítima do companheiro por cerca de dez anos.
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“Ele chegava bêbado em casa e ainda queria sexo comigo. Eu não sabia, mas era um estupro. Simplesmente fazer eu ceder pra evitar uma briga maior. Era muito difícil”, afirma. Quando finalmente entendeu que precisava de ajuda, registrou um boletim de ocorrência e solicitou uma medida protetiva.
“Eu precisava me sentir segura, eu precisava saber que de alguma forma eu estaria protegida. Ele é uma pessoa que não respeita leis, ordens, então eu acredito que ele só parou porque ele conseguiu uma nova vítima”, relata.
A alta no número de medidas protetivas é positiva, mas o ciclo de violência não é tão fácil de ser quebrado. “A vítima não se vê como vítima e ela tem essa dificuldade em ver que está em um ciclo de violência doméstica. Procurar ajuda é um segundo passo”, relata a delegada Ana Carolina Bacchi.
O pedido de medida protetiva por ser feito presencialmente em uma DDM (Delegacia de Defesa a Mulher) ou pelo site.
“Nunca foi culpa nossa. Na verdade, a gente precisa tentar se igualar e se a gente identificar, por mais simples que seja uma atitude, presta já atenção porque é dai pra frente e só piora”, finaliza a vítima.
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