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CotidianoCom alta de combustíveis, busca por GNV cresce em Campinas

Com alta de combustíveis, busca por GNV cresce em Campinas

Para tentar fugir dessa situação, muitos motoristas resolveram fazer a conversão para o GNV; especialista analisa se vale a pena a conversão para o gás natural

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Para tentar fugir dessa situação, muitos motoristas resolveram fazer a conversão para o GNV, (Gás Natural Veicular). (Foto: Reprodução EPTV)
Para tentar fugir dessa situação, muitos motoristas resolveram fazer a conversão para o GNV, (Gás Natural Veicular). (Foto: Reprodução EPTV)

O preço dos combustíveis está tirando o sono de muita gente. Foram vários os reajustes nos preços do álcool e da gasolina neste ano.

Só em outubro, o mês fechou, a nível Brasil, com o litro da gasolina custando R$ 6,447, em média, um aumento de 40% se comparado ao mesmo período de 2020 e de 3% em relação a setembro, segundo o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

Em Campinas, a gasolina começou o mês custando em média R$ 5,94 o litro. No fim do mês, já estava R$ 6,24. Aumento de R$ 0,30 o litro. O dado é da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).  

O preço do álcool também subiu muito. Em Campinas, no dia 10 de outubro ele custava R$ 4,58 o litro. No dia 31, já tinha passado dos R$ 5. Alta de R$ 0,48 centavos o litro.   

Para tentar fugir dessa situação, muitos motoristas resolveram fazer a conversão para o GNV, (Gás Natural Veicular). Em Campinas, a demanda nas oficinas cresceu muito no último mês. Mas não são todas as oficinas autorizadas a fazerem esse tipo de procedimento.

“Com a alta dos combustíveis, de 20 conversões por mês saltou para 60. Hoje fazemos uma média de três carros por dia. O mercado está muito aquecido tanto em orçamento e também em conversões”, afirmou José Antonio Polo, empresário dono de oficina.

Ele afirmou ainda que uma grande dificuldade do setor era conseguir cilindros novos. “Estávamos com dificuldade para conseguir novos e a fábrica estava com falta de cilindros, demorou para chegar, mas agora eles foram repostos. O que temos aqui já estão todos vendidos. Só temos agenda para o início de dezembro agora”.

O motorista de aplicativo Régis Bestetti Campos resolveu fazer a conversão para poder continuar trabalhando na área. “Resolvi instalar o GNV justamente por causa do custo de combustível, principal insumo de trabalho e com os aumentos ficou impossível não utilizar o GNV”.

Ele disse também que quando fez a conversão pagou R$ 3,5 mil. “Para quem trabalha com o viagem de aplicativo é muito difícil a pessoa não mudar para o GNV porque com o preço que está o combustível, subindo toda semana praticamente, vai hoje no posto e amanhã já está com outro preço, não há condição é praticamente obrigatório não colocar, senão a pessoa não consegue ganhar nada”, disse.

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Segundo o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), em Campinas 7.171 veículos usam o kit GNV. O número é de outubro.

PRA QUEM VALE A PENA? 

O especialista em veículos César Urnhani explicou se vale a pena fazer a conversão. “Mecanicamente falando, o GNV, ele dá mais autonomia para o carro e o preço dele é menor do que o da gasolina e do etanol. O que você tem que levar em consideração? é bom pra todo mundo? Não. Por que não é bom pra todo mundo? Porque tem uma conta a ser feita. Se no mês você colocou o GNV e se isso te trouxe uma economia por exemplo, de R$ 300, você tem que entender, em um ano, você vai estar economizando R$ 3,6 mil. Mas as vezes esse valor não pagou o investimento que você fez na adaptação, na conversão. Para quem que ele vale a pena? Só pra quem anda muito. Outra coisa que é preciso se preocupar, porque é um ponto negativo: você vai levar alguns cilindros embarcados no carro, esses cilindros geralmente ficam no porta-malas, então leve isso em consideração também. Qual o carro que você está adaptando o GNV para não perde a mala do carro”, explicou. (Com informações de Heitor Moreira/EPTV Campinas)

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Luciana Félix
Luciana Félixhttps://www.acidadeon.com/campinas/
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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