A região de Campinas registrou alta no comércio de produtos usados e de 2ª mão no primeiro semestre de 2022. Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o período contou com a abertura de 69 estabelecimentos como brechós e antiquários. No estado, o aumento foi de 12%, sendo abertas 726 empresas do setor este ano, contra 647 em 2021.
Entre os negócios que mais prosperaram nos primeiros seis meses deste ano estão o de venda de roupas usadas, popularmente conhecidos como brechós. Entretanto, o estabelecimento adquiriu nova versão, em que são prezados os ideais de economia circular, baseado na redução, reutilização e recuperação de materiais e energia.
No bairro Cambuí, a unidade de uma rede que teve origem no estado do Paraná trabalha com mais de 8 mil itens, de acessórios a peças de grife. As peças variam de R$ 3 a R$ 200. A gerente da loja, Jaqueline Jaques, explica que o negócio expandiu durante a pandemia e vem mantendo o bom desempenho. O espaço permite que a pessoa compre ou troque peças.
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“É acessível. A pessoa pode trazer aquelas peças que deseja desapegar ou para fazer um dinheiro extra. Na pandemia cresceu muito. Todo material que recebemos é avaliado e a pessoa recebe a oferta de dois valores, um para receber em dinheiro, ou outro, com acréscimo de 20%, para trocar em outros produtos na loja”, comenta.
Para Manuela Crema, os brechós oferecem um custo benefício interessante e ainda promovem a moda sustentável. “Trouxe algumas peças que não estava usando, mas que estão em boa qualidade, e troco por outras roupas. Para quem gosta de garimpar, é uma boa”, afirma.
DEMAIS ITENS
Além da venda e troca de roupas, o período da pandemia também trouxe uma nova movimentação em antiquários. Com experiência de 30 anos no mercado, Pedro Carlos Panazzolo conta que a loja instalada no Centro de Campinas recebeu muitas ofertas de produtos, principalmente após a expansão na internet.
“Com os falecimentos ou famílias com problemas econômicos, tivemos muitas ofertas de itens na pandemia. Hoje a procura está voltando, mas o presencial representa muito pouco. Por outro lado, com a internet passamos a atender o Brasil inteiro, mandamos via Correios ou transportadora para todos os cantos “, relata.
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