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CotidianoDeinter 2: novo diretor quer reduzir violência doméstica, roubo de carga e tráfico na região de Campinas

Deinter 2: novo diretor quer reduzir violência doméstica, roubo de carga e tráfico na região de Campinas

Nomeado para o cargo há cerca de um mês, delegado Fernando Manoel Bardi também quer repor quadros através de concursos; leia a entrevista

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Diretor do Deinter 2, em Campinas, Fernando Manoel Bardi (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
Diretor do Deinter 2, em Campinas, Fernando Manoel Bardi (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)

 

Nomeado há cerca de um mês como diretor do Deinter 2 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo do Interior 2), o delegado Fernando Manoel Bardi definiu que os crimes de violência doméstica, roubo de carga e tráfico de drogas são os principais desafios da gestão pelos próximos anos. A reposição dos quadros através de concursos também é uma prioridade.

O departamento é responsável por 109 delegacias e cinco seccionais em 34 cidades na região de Campinas. A nomeação foi anunciada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), junto com outras mudanças na Segurança Pública. Após semanas no cargo, Bardi concedeu entrevista ao acidade on Campinas e elogiou o antecessor, José Henrique Ventura.

“O doutor Ventura fez um excelente trabalho, conduziu de forma impecável, mas o governo novo tem novos objetivos. É algo natural da troca de comando e do novo governo. Vai ser um tanto difícil conduzir as coisas à altura do que o Ventura fez. De início, com a mudança, é natural que existam algumas mudanças de postura, trato e de comandantes”, diz Fernando Manoel Bardi.

DESAFIOS

Afirmando conhecer a região de Campinas há 22 anos, desde quando a estrutura do que hoje é o Deinter 2 envolvia delegacias regionais, o diretor tem 57 anos, é formado em direito pela Faculdade Padre Anchieta e é delegado desde 1989. Em Jundiaí, foi presidente do Conselho Municipal de Entorpecentes, membro do Conselho Municipal de Trânsito e vereador pelo PDT entre 2009 e 2012.

“Diminuir índices criminais é a principal meta. Conversei com meus colegas e o problema crônico é a defasagem de pessoal. Temos que fazer investimentos em viaturas, equipamento, armamento modernos, assim como softwares. Precisamos ajustar nossos quadros e, para isso, já temos concursos em andamento e vários já previstos para os próximos meses”, argumenta ele.

 

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Questionado sobre os crimes que mais causam preocupação na região de Campinas, o delegado colocou a violência doméstica, o roubo de carga e o tráfico de drogas no topo da lista de prioridades e detalhou as estratégias para tentar reduzir os índices nos próximos meses. Veja a seguir as respostas de Bardi:

Violência doméstica:

O plano do diretor do Deinter 2 é aproveitar uma parceria feita com a Prefeitura de Campinas para ampliar e melhorar o atendimento às mulheres vítimas de agressões, tentativas de feminicídio e outros crimes. A ideia é que a GM (Guarda Municipal) tenha agentes e equipes nas duas unidades especializadas da cidade.

“A pandemia mostrou que os índices subiram. E o término do pior momento da pandemia não reduziu o número de casos. A ideia é ampliar o atendimento das DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher) e dos flagrantes. Foi firmado um convênio entre a Prefeitura e a secretaria de Segurança Pública”, diz.

A medida incluiria guardas com formação em psicologia e assistência social e ofereceria apoio às vítimas durante e após o registro da ocorrência nas duas DDMs. Para isso, inclusive, a GM conta desde 2016 com o programa Guarda Amigo da Mulher para acolhimento e garantia de medidas protetivas.

Roubo de carga:

Definindo Campinas e outras cidades da região como ricas, Fernando Manoel Bardi também lembra que a RMC (Região Metropolitana de Campinas) é cortada por uma vasta malha viária e reconhece que essa demanda o preocupa.

“Vamos usar uma forma diferente: a investigação será voltada não só para o roubo de carga, mas para a lavagem de dinheiro e a ocultação de bens. A ideia é que aquele que se beneficia e enriquece com a carga seja enfraquecido”, define.

Tráfico de drogas:

Neste caso, Bardi não quer só combater as vendas de entorpecentes, interrompendo e cortando as movimentações e as rotas usadas por grandes organizações criminosas. “Precisamos sufocar também a lavagem de dinheiro decorrente do tráfico”, diz ele, citando empresas laranjas usadas para isso.

ESTRUTURA

Ao todo, São Paulo conta com 10 departamentos de polícia judiciária do interior. O órgão de execução territorial têm como atribuições todos os delitos ocorridos em cada região, com exceção dos de cunho militar e os de atribuição da União, além de diligências fora de cada local, como do estado, ou até do País.

 

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