Aplicadas desde quarta-feira (3) no Mato Grosso do Sul, as vacinas contra a dengue serão disponibilizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) a partir de fevereiro, mas Campinas ainda não foi informada pelo Ministério da Saúde sobre o início da imunização. A cidade está em alerta devido à alta de casos e viveu uma epidemia no ano passado, com três mortes e 10.898 contaminações.
A decisão de incluir as doses do imunizante conhecido como Qdenga no calendário do sistema público nacional foi anunciada no fim de 2023. O medicamento não será liberado em larga inicialmente, mas será focado em público e regiões prioritárias. Até o momento, porém, não se sabe se Campinas será contemplada na programação logo no começo da imunização.
Enquanto isso, Dourados, em Mato Grosso do Sul, se tornou ontem a primeira cidade do mundo a iniciar um processo de vacinação em massa contra a doença. Isso só foi possível graças à parceria entre a farmacêutica Takeda, fabricante da Qdenga, e o pesquisador da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda, que avalia a proteção obtida pelas doses fora de laboratório.
“É um quantitativo de 300 mil doses disponíveis que vence em agosto deste ano e serão utilizadas para esse estudo, o primeiro do tipo para essa vacina a nível mundial”, afirmou Croda ao jornal “O Globo”. A Takeda, por sua vez, afirmou que a iniciativa teve início antes mesmo da compra pelo Governo Federal.
Como será a vacinação?
O Brasil passará a adotar só no mês que vem a vacina como parte do calendário nacional. O esquema vacinal completo envolve duas doses. Conforme o Estadão, a previsão é de que cerca de 3,1 milhões de pessoas possam ser vacinadas no primeiro ano, já que a Takeda conseguirá entregar cerca de 6,2 milhões de doses em 2024 – 1,2 milhão por meio de doação e 5 milhões pelo contrato de compra.
A estratégia para utilização do quantitativo de vacinas será definida pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) e pela CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização), que também vão estipular o público alvo prioritário e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.
O imunizante Qdenga tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo para pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de exposição prévia.
E na rede particular?
Nos laboratórios particulares de Campinas, a vacina contra a dengue fabricada pelo laboratório japonês Takeda Pharma começou a ser aplicada em junho do ano passado. Na época, as doses da Qdenga custavam R$ 450 cada uma.
Alta em Campinas
Nesta quarta-feira, a secretaria de Saúde manteve o alerta sobre o elevado número de infecções e adicionou mais nove bairros com a classificação de “alto risco de transmissão da doença”. Entre eles, estão locais nas regiões Leste, Norte, Noroeste, Sudeste e Sudoeste. Antes disso, em dezembro, outros lugares com alta taxa de confirmações de dengue também foram divulgados pela pasta.
A Prefeitura de Campinas lembra que a dengue provoca febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia. Além disso, informa à população que, “caso tenha estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde de Campinas para receber atendimento médico”.
O município alega manter um programa de controle e prevenção da doença, mas afirma que “cada cidadão precisa colaborar destinando corretamente resíduos e evitando criadouros”. Um levantamento do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) detalha que 80% dos criadouros estão dentro das casas.
“Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus, pratos de plantas e outros objetos. É importante, também, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados”, pontua.
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