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CotidianoDoença pé-mão-boca: infectologista da Unicamp explica doença e cuidados

Doença pé-mão-boca: infectologista da Unicamp explica doença e cuidados

Apesar de ser comum, doença é extremamente transmissível; confira entrevista com Raquel Stuchi

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Mão-pé-boca é uma doença extremamente contagiosa entre crianças (Foto: Prefeitura de Cuiabá/Divulgação)

Nesta semana, a Prefeitura de Hortolândia confirmou um caso da doença pé-mão-boca, que foi registrado na Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Olinda Maria de Jesus Souza, no bairro Jardim Sumarezinho. Segundo nota divulgada pela secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia nesta sexta-feira (12), o aluno segue afastado e não há novos casos registrados no município.

Apesar de ser comum, a doença extremamente transmissível deixou muitos pais e responsáveis por crianças em alerta. Por isso, em uma entrevista exclusiva para o ACidade ON Campinas, a infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Raquel Stucchi, esclareceu dúvidas sobre a doença.

Confira: 

O que causa a doença? 

“A doença pé-mão-boca é causada por um vírus que se chama Coxsackie. É um enterovírus, então ele fica alguns dias no intestino. A doença é mais frequente em crianças abaixo de 5 anos de idade”. 

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Quais são os sintomas? 

“Os sintomas mais frequentes são febre alta, acima de 38°C e, normalmente, por 3 a 4 dias. Depois, no 5º dia, às vezes um pouco antes, aparecem lesões, como se fossem bolinhas na palma da mão e nas plantas dos pés. Podem aparecer também algumas bolinhas espalhadas pelo corpo e lesões como se fossem aftas na boca. A criança costuma ficar sem apetite e muito irritada. Isso pode durar até 6 dias, no total”. 

Como é transmitida? 

“Ela é transmitida através da saliva, então tosse e espirro. Às vezes, compartilhando brinquedos. A criança pequena coloca brinquedo na boca, a outra já pega põe na boca também. Outra possibilidade é quando o talher é compartilhado. 

A criança que tem pé-mão-boca pode também ficar eliminando o vírus nas fezes até por umas 4 semanas. Então, é importante sempre reforçar a necessidade da higienização correta das mãos depois da criança evacuar. Quem cuida e limpa a criança precisa sempre lavar as mãos antes de trocar outra criança ou tocar em algum objeto”. 

Pode evoluir para um quadro mais grave? 

“Não, normalmente a doença não dá um quadro mais grave. Ela é benigna, evolui sozinha e desaparece”. 

Como é feito o tratamento? 

“O tratamento é dos sintomas. Então é medicação para febre. Às vezes, essas bolinhas que aparecem nas mãozinhas e nos pézinhos coçam e a gente pode usar também anti-histamínicos. É importante que essas crianças sejam avaliadas pelo pediatra para confirmação do diagnóstico. Habitualmente, a confirmação é clínica”. 

É uma doença comum? 

“É uma doença extremamente comum e é mais comum ainda nesta época do ano. Nos dias mais frios, as crianças acabam ficando mais juntinhas. Por isso, a criança que tem pé-mão-boca não deve ir à escola por uma semana”.

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