O atendimento de problemas respiratórios em crianças e jovens de 0 a 19 anos em Campinas cresceu 12,1% em 42 dias. Os dados são do SUS (Sistema Único de Saúde) Municipal e comparam os dados do início de outubro com a semana passada. O panorama, segundo os especialistas, requer cuidados – veja abaixo.
Conforme o balanço oficial da pasta de Saúde, o total de atendimentos nos hospitais da rede municipal de Campinas subiu de 1.873 entre 9 e 15 de outubro para 2.100 entre 27 de novembro e 3 de dezembro. Nesse período, o maior aumento foi registrado na faixa etária de crianças e jovens dos 10 aos 19 anos.
A coordenadora de Saúde da Criança e do Adolescente da secretaria de Saúde, Andrea Maria Campedelli Lopes, a preocupação existe porque a cobertura vacinal dessas faixas etárias contra a covid-19 é muito baixa. Por esse motivo, destaca que é fundamental buscar atendimento após a percepção dos sintomas.
“Se a gente observa sintomas leves respiratórios entre crianças, adolescentes e jovens, como uma coriza, um nariz escorrendo e uma tosse leve, já começa a lavar o nariz com soro fisiológico, a hidratar essa criança e deixe em casa e em repouso. É preciso observar se tem gravidade para levar ao médico”, explica.
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VACINAS E CUIDADOS
Como a imunização contra a doença causada pelo coronavírus é muito baixa, Campedelli destaca ainda que é difícil prever inicialmente qual pode ser o diagnóstico dos pacientes mais jovens. “Os sintomas respiratórios englobam inúmeros quadros virais. A gente não tem como prever a evolução”, define ela.
Entre os cuidados necessários para prevenir as infecções, as autoridades de saúde destacam os atos de lavar as mãos, se hidratar e também se agasalhar.
INTERNADOS SEM VACINA
Um levantamento da pasta de Saúde apontou que mais de 75% dos pacientes internados com covid-19 entre 28 de agosto e 19 de novembro estavam com o esquema vacinal incompleto, sem as quatro doses da vacina, em Campinas. Dos 55 internados, 42 estavam parcialmente vacinadas e 13 foram para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Destes, 10 não tinham recebido todas as doses.
De acordo com a diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Andrea von Zuben, é imprescindível que a população complete o ciclo vacinal, tanto para o primeiro ciclo quanto para as doses adicionais. As vacinas estão disponíveis em 66 Centros de Saúde, sem necessidade de agendamento prévio.
Ela ressalta que, apesar da liberação da vacina bivalente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o imunizante pode demorar para ser disponibilizado no Brasil. “É muito importante receber as quatro doses das vacinas disponibilizadas atualmente, pois protegem contra casos”, afirma ela (LEIA A NOTÍCIA COMPLETA AQUI).
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