Com informações de Wesley Justino/EPTV Campinas
Após o ataque de um enxame de abelhas que feriu 16 pessoas nesta terça (3) e que ainda mantém duas vítimas internadas nesta quarta-feira (4), em Mogi Guaçu, o professor de entomologia da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Luis Carlos Marchini, afirma que as colmeias exigem atenção e cuidado da população. As ocorrências são comuns na Primavera (leia abaixo).
Por que atacam?
Marchini explica que os acidentes com abelhas são comuns nessa época do ano devido à presença maior do inseto, que intensifica a busca por alimento na estação. Segundo ele, os ataques podem ocorrer de duas formas: quando o inseto está sozinho ou em enxame se locomovendo, ou após uma interferência onde as abelhas estão abrigadas. “A abelha ataca como meio de defesa”, diz.
Como evitar?
Além de evitar fazer a remoção dos abrigos sem o auxílio e os equipamentos adequados, o professor lembra que os insetos não gostam de cores escuras, movimentos e barulhos. Por esse motivo, é preciso ter calma ao deixar os locais próximos às colmeias. “A melhor maneira é a pessoa sair sem movimentos agressivos ou bruscos. E é preciso sair em busca de abrigo”, recomenda ainda.
E se for picado?
Se não conseguir evitar o ataque, a vítima deve procurar atendimento rápido. “Nunca se deve pegar um ferrão espremendo ou comprimindo, mas sim passando uma lâmina sobre a superfície pra retirar essa glândula, que é um veneno. Se a pessoa comprime, injeta mais veneno no organismo”, define, lembrando que o insetos não úteis para a natureza e não devem ser mortos.
Ataque em Mogi Guaçu
No caso registrado ontem na região, um vídeo que registrou parte do ataque dos insetos mostra o momento em que um homem usa um extintor de incêndio para tentar espantar as abelhas. O caso aconteceu na parte externa do prédio da Prefeitura de Mogi Guaçu e por isso o local e outros imóveis foram interditados. Nesta quarta, porém, todos os espaços funcionam normalmente. Assista:
Após a ocorrência, a informação era de que 17 pessoas se feriram. Hoje, no entanto, a Guarda Municipal e a Santa Casa confirmaram que foram 16 atendimentos. Deste total, seis pacientes com quadros leves foram atendidos no Hospital Municipal Dr. Tabajara Ramos, enquanto oito adultos e uma criança foram para a Santa Casa. Uma pessoa foi atendida em um hospital particular.
Ao todo, 14 vítimas receberam alta e duas pessoas continuam internadas em observação. Um jardineiro de 69 anos que teria recebido aproximadamente 200 picadas, segundo a família, é um dos pacientes. Ele trabalha como jardineiro há 20 anos, e estava limpando um terreno próximo à prefeitura antes do ataque.
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