O esquema ilegal de venda de prótese furtadas, descoberto em Campinas, causou um prejuízo de ao menos R$ 100 mil para a empresa responsável pelos equipamentos ortopédicos. Ontem (29), um deficiente físico e um funcionário do estabelecimento foram presos pelo crime. Apesar de indiciados, eles respondem em liberdade pelo crime.
Segundo a Polícia Civil, as prisões aconteceram após investigações e uma operação que conseguiu flagrar um homem com deficiência negociando os moldes ortopédicos. Ele conseguia as próteses por meio de um funcionário do local, e anunciava indicando que as próteses teriam sido ganhadas.
Com ele, foram apreendidas várias peças de próteses de pés e pernas.
Quem são os acusados
Vinicius Barbosa, de 26 anos, trabalhava na fábrica de próteses que fica em campinas. A empresa percebeu o sumiço das peças e acionou a DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
Já Ricardo Correa de 52 anos, funcionário público aposentado por invalidez, recebia as peças e anunciava pra venda em grupos de redes sociais que reúnem de pessoas amputadas. Uma das próteses, avaliada em R$ 20 mil, foi vendida por R$ 7 mil.
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Como o anúncio era feito
O delegado responsável pela investigação, Elton Costa, informou que o homem com deficiência chegou a negar o crime, alegando que as peças seriam dele, mas depois acabou confessando que as próteses eram furtadas.
“Ele fazia o anúncio como sendo de peças que ele não mais usava, só que em conversa com ele vimos que tinha diversas peças anunciadas. E ele alegou que eram peças que ele teria recebido pela AACD (instituição que ajuda deficientes), em que ele era assistido, mas depois ele acabou confessando que eram peças que ele recebia de um amigo. Ele comprava por um preço muito mais em conta e revendia”, explicou o delegado.
O deficiente vai responder pelo crime de receptação, já o funcionário que confessou o crime vai responder por furto qualificado.