Os fãs de astronomia poderão desfrutar de mais um evento raro e belo nos céus de Campinas nesta quarta-feira (30). Na reta final do mês de agosto irá acontecer a contemplação da maior e mais brilhante “Superlua” do ano, que também será a chamada “Lua Azul“.
Segundo o astrônomo do Observatório de Campinas, Júlio Lobo, a Lua vai estar no perigeu (mais próxima da terra) às 12h54 e a distância vai ser de 357.181 km. Além disso, ela chega à fase cheia ainda hoje, às 22h35.
Esta será a segunda Lua cheia do mês, e quando isso acontece, ela é chamada folcloricamente de Lua Azul (Blue Moon).
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O que é?
O fenômeno popularmente conhecido como “Superlua” ocorre sempre que a lua ocupa o perigeu, ou seja, tem a posição mais próxima da Terra. O evento é ainda mais especial quando coincide com a fase cheia, fazendo com que a lua seja percebida com um tamanho muito superior ao normal.
A “Superlua”, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. A primeira “Superlua” deste ano foi em julho. A quarta e última será em setembro.
“Na idade média esse termo era usado como expressão popular, como ‘nem que a Lua fique azul isso vai acontecer’. Seria algo como: ‘nem que a vaca tussa’, denotando algo impossível de acontecer”, explica o astrônomo.
Evento raro
Segundo o astrônomo, duas luas cheias em um mesmo mês são raras. Isso ocorre a cada 2,5 a 3 anos. Já a ocorrência de duas “Superluas” no mesmo mês, é ainda mais rara. A última vez que duas “Superluas” completas apareceram no céu no mesmo mês foi em 2018. Isso não acontecerá novamente até 2037.
“Ter duas luas no perigeu é uma coisa que não acontece com tanta frequência no mesmo mês”, afirmou.
Ainda de acordo com o astrônomo, o evento da segunda Lua cheia só poderá ser visto novamente em 2026. Veja as datas:
- 31 de maio de 2026, às 05h45
- 31 de dezembro de 2028, às 13h48
- 30 de setembro de 2031, às 15h58
Como observar?
O fenômeno poderá ser visto a olho nu. A observação do evento pode ser melhorada se o céu estiver claro, com o uso de binóculos ou telescópios de quintal.
“Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que outras luas. O fenômeno poderá ser visto em todas as regiões do planeta, basta que o tempo esteja favorável”, destacou Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional.
A astrônoma explica que todas as luas cheias nascem no horizonte (a leste), quando o sol se põe (a oeste), e se põem (a oeste) quando o Sol nasce (a leste), portanto é possível ver a Lua durante toda a noite.Ainda segundo Josina, no dia 14 de novembro de 2016, ocorreu a Superlua mais próxima da Terra desde 26 de janeiro de 1948. Naquela data, a Lua estava 356.509 quilômetros de distância do nosso planeta. A próxima vez que a lua cheia vai chegar ainda mais perto da Terra será em 25 de novembro de 2034.
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