Com o aumento de casos de gripe e covid-19, a busca por remédios com ou sem receita têm aumentado nas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O reflexo já começa a aparecer no ritmo dos laboratórios farmacêuticos e nos depósitos de medicamentos e insumos das Prefeituras.
Em um dos maiores laboratórios da região, a produção de medicamentos antigripais, expectorantes e analgésicos dobrou. Já em Indaiatuba, a demanda no almoxarifado da Prefeitura para atender os postos de saúde é 50% maior do que o visto em 2021.
PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS
Em um laboratório da RMC, a prioridade é acelerar a produção de antigripais, expectorantes e analgésicos. Em janeiro, a produção desse tipo de medicamento é duas vezes maior do que a média de 2021. O objetivo é conseguir abastecer as farmácias de todo país.
“Nós colocamos a produção dos produtos que necessitam de maior atendimento para esta primeira quinzena de janeiro, e colocamos para o final do mês aqueles produtos que não estão com problema de abastecimento”, disse o diretor de marketing do Grupo NC, Felipe Cautella.
Apesar da demanda, o representante do grupo de laboratórios afirma que, neste caso, não haverá inflação no preço dos medicamentos para as farmácias.
“A nossa expectativa é que isso não tenha impacto no preço para o consumidor. Não temos reajuste de preço previsto para esse período. Então, os consumidores vão ter os produtos reabastecidos dentro de todas as farmácias, já com os preços que estão sendo praticados normalmente”, garantiu Cautella.
LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO
Além da fabricação, a preocupação agora é com a logística de compra e distribuição desses remédios para a saúde pública. Em Indaiatuba, o depósito de medicamentos e insumos da Prefeitura precisou se adaptar à nova demanda dos postos de saúde.
“Nós trabalhamos sempre com o estoque para atender uma média de três a quatro meses. Normalmente, a gente realiza uma entrega por unidade durante o mês, mas com essa demanda maior, a gente está realizando mais entrega. Estamos recebendo mais pedidos das unidades e estamos realizando mais compras também”, disse a coordenadora do centro de distribuição e logística de Indaiatuba, Elaine Querichelli.
Na cidade, o reforço no almoxarifado é para dar conta da demanda atual, que já é 50% maior em relação ao ano passado. Apesar disso, até o momento, não existe risco de faltar remédios para sintomas gripais na cidade.
Devido à alta procura por atendimentos, Indaiatuba já solicitou uma nova compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e de medicamentos para que não falte.
“O fato do nosso sistema de almoxarifado ser informatizado permitiu que o município faça um planejamento a partir dos piores meses de 2021”, afirmou a secretária adjunta de Saúde de Indaiatuba, Heloísa Carla Salatino. (Com informações da EPTV Campinas)