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CotidianoFamília da região que mora na Eslováquia acolhe brasileiros refugiados da Ucrânia

Família da região que mora na Eslováquia acolhe brasileiros refugiados da Ucrânia

Casal da região de Campinas acolheu brasileiros que conseguiram atravessar a fronteira a pé

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Casal acolheu brasileiros que estavam na Ucrânia (Foto: Arquivo pessoal)
Casal acolheu brasileiros que estavam na Ucrânia (Foto: Arquivo pessoal)

Uma brasileira de Santa Bárbara d’Oeste que mora na Eslováquia tem se tornado exemplo de solidariedade e apoio a refugiados do conflito na Ucrânia. Em meio à tensão e desespero causados pela guerra no país vizinho, Gisele Chamorra acolheu brasileiros refugiados que fugiram do local após o início dos conflitos. 

Hoje ela mora em Koice com o marido, que é natural de Piracicaba. O casal abriu as portas da casa e receberam brasileiros que conseguiram atravessar a fronteira a pé. 

Entre eles, estão dois meninos que também eram de Piracicaba e jogavam futebol em um time da Ucrânia, e outros três jovens, um de Limeira, outro de Volta Redonda (RJ) e outro do estado de Alagoas. 

“Um dos meninos nós conhecemos a família dele em Piracicaba, já sabíamos que ele estava na Ucrânia antes da guerra. Quando a guerra começou, começamos a entrar em contato quase diário com a família para auxiliar nesse resgate. A maioria dos refugiados está indo para a Polônia, que a fronteira é maior, mas as filas para a Polônia estão com 40 horas para atravessar a fronteira e na Eslováquia não, os meninos levaram oito horas”, explicou. 

A brasileira mora na segunda maior cidade da Eslováquia. Koice fica a cerca de 900 km de Kiev, capital da Ucrânia que tem sido bombardeada pela Rússia. Já da fronteira, a distância é de cerca de 90 km. 

O RESGATE 

Segundo Gisele, que mora há três anos no país europeu, os meninos tiveram que praticamente atravessar a Ucrânia para conseguir sair do local, sendo que estavam em uma cidade do Norte. 

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“Eles estavam em Kharkiv, uma das piores cidades, no Norte, e tiveram que atravessar a Ucrânia. Fizeram toda essa travessia que começou há cerca de três dias”, contou. 

Segundo ela, os meninos passaram por quase uma hipotermia, além de fome e sede. 

“Eles estão bem agora, mas ficaram sem dormir por três dias, tiveram praticamente hipotermia na fila, porque estiveram por sete horas na madrugada no frio. Estavam com sede e fome, e extremamente abatidos, mas muito felizes por conseguirem chegar aqui”, contou. 

Os meninos estão seguros e agora aguardam uma resposta da embaixada brasileira para poder retornar ao Brasil.  

Brasileiros esperaram a pé na fila, com fome sede e frio (Foto: Arquivo pessoal)
Brasileiros esperaram a pé na fila, com fome sede e frio (Foto: Arquivo pessoal)

A GUERRA 

A tensão entre Rússia e Ucrânia culminou em ataques que começaram na última quinta-feira (24), dias após uma série de ameaças e do reconhecimento da independência de duas províncias separatistas, tropas russas invadiram o país vizinho. 

O Ministério das Relações Exteriores informou neste domingo (27) que já auxiliou 80 brasileiros a escaparem da guerra na Ucrânia, provocada pela invasão militar da Rússia, há quatro dias. Os principais destinos da comunidade brasileira foram a Polônia e a Romênia, países fronteiriços. 

O Itamaraty disse que a embaixada em Kiev, capital da Ucrânia, possui registros em lista de outros 100 brasileiros, que permanecem em território ucraniano. Antes da invasão russa, a comunidade brasileira na Ucrânia era estimada em aproximadamente 500 pessoas

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