Uma família de Valinhos dormiu no carro após a Defesa Civil interditar parte de uma casa no Jardim Bela Vista, em Valinhos, porque o imóvel está com problemas graves de rachaduras. Além disso, outras três casas vizinhas também estão com o mesmo problema.
A casa interditada parcialmente fica na Rua Casemiro de Abreu. A moradora, Maria Cristina Belezine, explica como o problema começou e diz que as rachaduras apareceram após um vazamento na rua.
“Eu moro na esquina e no cruzamento (da rua) tinha um vazamento. Toda a noite essa caixa ficava cheia e vazava muito. A primeira foto que eu tirei do muro foi no dia 29 de maio. Tinha aparecido uma trinca. E essa trinca abriu consideravelmente em dois dias”, contou.
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Ainda segundo ela, logo em seguida a trinca virou uma rachadura. “Mas, até então, a gente não tinha ligado o fato do vazamento com o muro rachando e a minha casa também. Nós fomos até a Defesa Civil e eles agendaram para vir. Entraram, fizeram a vistoria e pediram para a gente sair da casa”, disse.
Maria Cristina contou ainda que uma das paredes da casa já caiu, e está escorada apenas pelo portão. “Nós dormimos duas noites no carro, encostado na rua. Um engenheiro passou por aqui e liberou pra gente dormir na parte de trás da casa”, disse. Ela falou que o DAEV não deu retorno de informações após consertar o vazamento.
“Diariamente, a gente percebe alguma coisa diferente após inspecionar pela manhã. Caiu algum pedaço…”, disse.
O QUE DIZ O DAEV
Sobre o caso, o DAEV (Departamento de Água e Esgoto de Valinhos) disse que fez reparos em um vazamento de pequena proporção em uma caixa de registro nos dias 21 e 22 deste mês.
Em nota oficial, o Departamento disse que: “é importante ressaltar que não havia contato de munícipes sobre esse vazamento”.
Após as obras, realizadas a aproximadamente 4 metros da casa, a equipe fez analise de solo e não identificou vazamento no entorno.
O Daev disse ainda vai fazer outra analise usando sensores e filmagem. O órgão informou ainda que está contratando um perito para analise da estabilidade do solo com sondagem, para emissão de um laudo final.
“Assim, somente após os relatórios e os resultados de sondagens (diagnóstico completo) é que teremos condições técnicas para posicionarmos”, explicou.
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