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CotidianoFarmácias da região de Campinas registram falta de estoque em mais de 90 remédios

Farmácias da região de Campinas registram falta de estoque em mais de 90 remédios

Entre os medicamentos em falta estão antibióticos, antialérgicos e anti-inflamatórios

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Farmácias registram falta de medicamentos em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)
Farmácias registram falta de medicamentos em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

As farmácias da região de Campinas têm sofrido com a falta de estoque de medicamentos. Ao todo, são mais de 90 remédios entre antibióticos, antialérgicos e anti-inflamatórios. Com a escassez nas prateleiras, os moradores precisam ir a mais de uma unidade para encontrar o que procuram.

 

“Já é a quinta farmácia que eu venho atrás. Só encontrei aqui. Vai fazer uma meia hora que estou procurando. A idade que a gente tem de ficar correndo atrás de remédio para tudo quanto é lugar”, afirma o aposentado Donizete Martins.

 

Segundo a Fenafar (Federação Nacional dos Farmacêuticos), a falta do ingrediente farmacêutico ativo, do insumo que vem da China e é utilizado na fabricação dos medicamentos, o aumento no valor da matéria prima e a falta de embalagens para os remédios estão entre os motivos para os estoques em baixa.

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“No Brasil, quase tudo o que é feito aqui ou é vendido aqui, ou vem a matéria prima de fora ou vem o produto acabado de fora. Nós somos muito dependentes hoje na indústria nacional. Então, o que aconteceu com o mercado internacional foi que o preço desses produtos subiu. Se a matéria prima chega mais cara aqui, muitas vezes, a indústria prefere não fabricar porque ela não vai conseguir vender”, explica Fábio Basílio, presidente da Fenafar.

Um levantamento feito pela produção da EPTV em mais de dez farmácias mostra que em todas elas faltam antibióticos, antitérmicos, anti-inflamatórios, antialérgicos e xaropes. “Tem faltado bastante xarope, também. O que falta mais são os xaropes antialérgicos, que são para tosse seca, adulto e pediátrico”, relata o farmacêutico Éder de Oliveira.

Em nota, o sindicato que representa a indústria farmacêutica no estado relatou que, no momento, não há problemas de fornecimento de insumos farmacêuticos ativos, mas confirmou a falta de outras matérias primas, como embalagens, e que isso ainda é devido à pandemia.

Além disso, o sindicato também disse que, nos primeiros sete meses deste ano, a venda de antibióticos cresceu 25% e a de analgésicos, 41%, em comparação ao mesmo período do ano passado.

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