Após registrar temperaturas bem abaixo da média histórica neste início de novembro, Campinas deve continuar sob a predominância de uma onda de frio pelos próximos dias, de acordo com a previsão divulgada pelo Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp.
Conforme o meteorologista do Centro, Bruno Bainy, as variáveis, que já estão baixas, devem continuar longe dos índices esperados para o mês nesta sexta (4), quando as temperaturas devem girar em torno de 9°C e 10°C logo ao amanhecer e não passam de 23°C devido ao “predomínio de sol” e à maior amplitude térmica.
De acordo com as temperaturas medidas pela entidade desde 1991, porém, a mínima média para este mês em Campinas é de 18,2°C e a máxima é de 29,6°C, patamares ainda bem distantes do atual panorama meteorológico. E o aumento, segundo Bainy, só deve acontecer gradativamente ao longo da próxima semana. Ou seja, até domingo seguem as temperaturas mais baixas.
“No final da semana as máximas devem passar de 22°C na cidade. Semana que vem ainda deve ter vários dias abaixo da média. Não vai estar tão frio, mas as temperaturas sobem mais à tarde, se mantendo na casa dos 25°C. Mais para o final da próxima semana é que teremos temperaturas próximas da média”, diz.
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E A CHUVA?
Com volume histórico de chuva de 167,2 milímetros distribuídos entre 10 ou 11 dias em novembro, Campinas teve chuvas isoladas e de intensidade leve nos primeiros dias do mês. Depois disso, segundo o Cepagri, o município deve voltar a ter precipitações e pancadas de chuva a partir do meio da próxima semana.
“A gente volta a ter episódios de chuva a partir de meados da próxima semana. Serão pancadas dessa estação chuvosa. Mais para o final do mês a gente pode ter alguns episódios de chuvas mais volumosas. A expectativa para os últimos 10 dias existe é que a previsão seja de chuvas volumosas”, detalha Bruno Bainy.
FRENTE FRIA E RECORDE
Campinas registrou ontem (2), Dia de Finados, a temperatura máxima mais baixa dos últimos 33 anos. De acordo com o Cepagri da Unicamp, a máxima registrada ontem não passou de 17,4°C, em plena Primavera. Segundo o meteorologista, Bruno Bainy, a temperatura registrada foi a mais baixa desde 1989, quando a entidade começou a fazer as observações meteorológicas.
“Antes, a menor máxima tinha sido 18,6°C em 2000. Ainda não batemos recorde absoluto de temperatura mínima, pode ser que ocorra na próxima madrugada”, disse ele, que relacionou o quadro a uma frente fria que chegou no começo desta semana e fez o mês de novembro ter um início com frio atípico.
ATÉ O FINAL DO ANO
Os meses de novembro e dezembro deverão ter temperaturas “um pouco abaixo da média climatológica – como é característico em anos de La Niña na época de primavera/verão”, de acordo com o resumo meteorológico feito pelo Cepagri.
“Os modelos apontam para a expectativa temperaturas na média ou ligeiramente abaixo, especialmente entre o final de novembro e o início de dezembro. Dezembro, por inicia com temperaturas ligeiramente abaixo da média, assumindo os valores típicos nos primeiros dias”, detalha a previsão.
Sobre as chuvas, a análise comparativa dos indicativos dos modelos permite concluir tendência de chuvas dentro ou ligeiramente acima da média climatológica para o período. “A partir dos últimos dias de novembro, e se estendendo até os primeiros 10 dias de dezembro, os indicativos são para chuvas abaixo da média”, finaliza o texto publicado pelo Cepagri da Unicamp.
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