A Prefeitura de Campinas informou nesta terça-feira (29) que o golpe que sofreu de R$ 7,4 milhões em uma conta da Secretaria de Finanças foi feito em 60 transferências de TED e PIX, por meio de uma transação fraudulanta. O golpe foi divulgado na segunda-feira (28) à noite pela Administração e ocorreu na sexta-feira (25). Tanto a Prefeitura como a Polícia Civil investigam o caso.
De acordo com o secretário de Finanças de Campinas, Aurílio Caiado, o dinheiro é parte de uma reserva da Prefeitura e não afetará os pagamentos futuros. No total, foram 64 transferências feitas, mas o valor voltou aos cofres públicos em quatro delas.
Essa conta da Prefeitura é no Banco do Brasil, que disse em nota oficial não ter identificado uma invasão no sistema, mas que “vai analisar as movimentações financeiras por meio de processo interno para definir responsabilidades das partes envolvidas”.
Ontem, a Prefeitura informou que registrou boletim de ocorrência no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). A Polícia Civil, por meio da SSP (Secretaria de Segurança Pública), disse que apura o caso e que dois computadores foram apreendidos para auxiliar no esclarecimento dos fatos.
PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS
Segundo a Administração, o valor foi retirado e transferido para dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas. O nome dos envolvidos não foi divulgado. Essa fraude foi identificada por dois funcionários da pasta de Finanças.
Ambos são concursados e têm 20 anos de serviço na Prefeitura. “Eu tive uma reunião agora pela manhã com os responsáveis do Banco do Brasil. Eles informam que estão no procedimento interno de apuração e que o próprio sistema de segurança pede 15 dias para fazer essa apuração”, afirmou Caiado.
Ainda de acordo com ele, ambos os servidores são de extrema confiança. O secretário pediu ainda, à empresa de segurança em informática, um relatório de uso dos computadores com acesso à recursos financeiros.
INVESTIGAÇÃO
Além da Polícia Civil, a Prefeitura também abriu sindicância para apurar, em 90 dias, possível responsabilidade de servidores. Além disso, a Administração avalia medidas judiciais contra o Banco do Brasil, por eventual falha no sistema de segurança das transações eletrônicas do banco.