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CotidianoGrupo cataloga 50 capelas em zonas rurais de Serra Negra

Grupo cataloga 50 capelas em zonas rurais de Serra Negra

Idealizadores do projeto pretendem publicar um livro já intitulado “Capelas Rurais de Serra Negra”

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Grupo de voluntário cataloga capelas nas zonas rurais de Serra Negra (Foto: Divulgação/Capelas Rurais de Serra Negra)

Um grupo voluntário de preservação histórica conseguiu reunir informações sobre cerca de 50 capelas localizadas, principalmente, na área rural da estância de Serra Negra. O projeto consiste na catalogação e fotografia dos locais religiosos e teve início em meados de 2016. Maria Inez Masaro Alves é escritora e doutora em Ciências Sociais, e conta que a iniciativa surgiu após um trabalho anterior.

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Em 2014, Maria Inez estava escrevendo, a pedido do pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário, um livro sobre a história da Matriz, que completava 100 anos de construção na época. Devido ao curto tempo destinado ao término do trabalho, Maria Inez sentiu que um grande volume de sua pesquisa não seria utilizado.

“Nas nossas pesquisas pela zona rural, procurando saber a história de Serra Negra, encontramos muitas capelas. Algumas delas bem cuidadas, outras em ruínas, mas sentimos, naquele momento, que havia uma riqueza muito grande com relação à religiosidade e à devoção das pessoas, e que era ali que ficava o centro da vida das comunidades rurais do século 19 e começo do século 20”, relata a escritora.

Dois anos depois, ao lado da amiga ngela Almeida Amoroso, Maria Inez resolveu continuar com o objetivo de reunir as capelas, a fim de preservar a memória de Serra Negra. A dupla ainda contou com o apoio da historiadora Fátima Fiorini Pedrotti Partiti, da professora Benedita Gomes Rosa, do professor de filosofia e história André Couto Canhassi, do administrador Nestor Souza Leme e da restauradora Vânia Machado de Carvalho, que possuíam a mesma motivação.

A pesquisa teve como base os documentos da igreja, que reúnem capelas provisionadas pelo bispo diocesano. Após ser provisionada, a capela recebe a permissão de realizar todos os atos litúrgicos. Portanto, a pesquisa focou em capelas que possuem um registro na diocese. O grupo também optou por relatar apenas construções com mais de 60 anos de idade. De acordo com Maria Inez, as cerca de 50 capelas catalogadas estão presentes em todos os bairros da estância.

“A gente nota que cada capela tem a sua característica própria no sentido de que depende da situação econômica e financeira daquela família e propriedade rural. O que nos encanta é que, no século 19 e começo do século 20, a fé e a devoção das pessoas era muito grande e a capela não era apenas para as rezas, terços, missas e casamentos, ela também era o centro de sociabilidade do grupo que vivia ali, tanto patrões quanto empregados”, explica.

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Parceria com a prefeitura

Por se tratar de um trabalho voluntário e sem fins lucrativos, o grupo precisava de ajuda para levar a história da estância adiante, através da publicação do livro “Capelas Rurais de Serra Negra”.

“A parceria com a prefeitura surgiu da necessidade de editar a nossa pesquisa, porque nós achamos que era um trabalho longo, de muito esforço e muito investimento em energia. Achamos que resultou em um trabalho bem interessante e de memória, que não deveria ser engavetado, mas que deveria ser publicado”, comenta Maria Inez.

De acordo com a administração municipal, uma reunião já foi realizada com o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Carlos Alberto Tavares de Toledo, e com o chefe de gabinete, Rodrigo Demattê Angeli. Segundo a prefeitura, a ideia é editar e imprimir o livro para que exemplares sejam destinados à biblioteca municipal e para acervos das escolas da cidade, além de serem oferecidos aos turistas.  

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