O Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, tem 180 pacientes esperando por radioterapia. O tratamento é usado para cânceres.
De acordo com a Prefeitura, o equipamento ficou parado por cinco anos por causa de uma reforma no prédio. A máquina voltou a operar em outubro de 2023, mas, naquele mesmo mês, o serviço parou outra vez porque os contratos com as prestadoras do serviço venceram.
Ainda segundo a Administração municipal, a retomada dos atendimentos será até quarta-feira (24) porque dois serviços já foram credenciados.
O contrato vale por seis meses, custou R$ 769,9 mil e inclui – além do tratamento -, diagnósticos, exames, e simulações.
“Essa responsabilidade [de planejamento] é minha, e não faltou esforço da minha parte para tentar ir atrás dessas empresas. Esse é o tempo de espera que a gente conseguiu para fazer um novo chamamento, chamar empresa e começar a tratar os pacientes”, afirmou o supervisor Salvador Afonso Fernandes Pinheiro, da Unacon (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia) do Mario Gatti.
É urgente
Já a radioterapeuta Karina Ishikawa explica que o tempo é fator fundamental para a vida dos pacientes.
“Quando a gente tem um atraso ou a não realização do tratamento dos pacientes que têm indicação da radioterapia, isso acarreta, possivelmente, numa progressão da doença, e isso pode causar um malefício para o paciente. Os pacientes podem evoluir para uma piora do quadro clínico, com dor, com pressão”, destaca.
Donald Gomes, de 73 anos, tem pressa. Ele foi diagnosticado com câncer em 2023, e deveria estar fazendo radioterapia.
“Deixei o pedido lá e fiquei tranquilo, esperando a chamada, e estou esperando até hoje. […] Eu fico impotente, porque não tem para onde correr. […] Vai piorar a situação, eu fiquei aguardando, estou aguardando. No banheiro eu já não faço mais, não posso sair de casa mais”, lamenta.
O aposentado Martinho Fortes vive uma situação semelhante. Tem um tumor no intestino grosso que foi diagnosticado em setembro, mas ainda não conseguiu fazer as sessões de rádio que precisa.
“Não dá para dormir, tomo remédio um em cima do outro. Quando dói, eu tomo remédio porque não aguento a dor. É insuportável. [Quero que] resolva logo. Fica para lá e para cá, amanhã e depois, não vira. A doença vai se agravando, fica pior”, lamenta.
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