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CotidianoInteligência artificial desenvolvida pela Unicamp, em Campinas, identifica tomate orgânico

Inteligência artificial desenvolvida pela Unicamp, em Campinas, identifica tomate orgânico

A ideia dos pesquisadores é criar um equipamento portátil para ser usado em mercados e garantir a procedência dos produtos comprados

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Pesquisadores desenvolvem tecnologia para testar se tomate é orgânico. (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)
Pesquisadores desenvolvem tecnologia para testar se tomate é orgânico. (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)

Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveu uma inteligência artificial que é capaz de identificar se um tomate é orgânico, produzido sem adubo químico e sem agrotóxicos.

Atualmente, alguns deles são identificados por um selo que é obtido através de empresas que fazem a certificação. As fiscalizações são de responsabilidade da secretaria Estadual de Agricultura e do Ministério da Agricultura.

A tese de mestrado foi iniciada em 2020 e publicada nesta semana na revista científica “Food Chemistry”, uma das mais importantes do mundo na área de alimentos.

PRÓXIMOS PASSOS

A pesquisa segue em andamento, já que o próximo passo é tornar a tecnologia acessível à população. A ideia é criar um equipamento portátil, que possa ser usado em mercados, através de uma transferência tecnológica entre a Unicamp e uma empresa de tecnologia. Com isso, os consumidores teriam mais segurança ao escolher os alimentos orgânicos. 

“Seriam kits com chips desenvolvidos a partir dessa ideia com os marcadores aqui obtidos, fazendo com que essa tecnologia seja cada vez mais barata e acessível à população”, explica Rodrigo Catharino, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e orientador da pesquisa.

O estudo depende de parcerias com empresas para que o equipamento seja desenvolvido em escala industrial e chegue ao consumidor.

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Ele também acrescenta que o tomate foi usado como base para a pesquisa, mas outros frutos e verduras podem ser examinados pela plataforma.

COMO É FEITA A TESTAGEM?

Para testar o alimento, é feito um corte na região que faz a ligação entre o fruto e a planta, chamada de pedúnculo. Depois, uma placa de silício absorve o material que vai ser pesquisado. Com uma mistura de solvente, a solução passa por um equipamento que se chama “espectrômetro de massa”.

Na tela do computador já é possível ver os resultados através de marcadores que identificam qualquer sinal de agrotóxico. Artur Oliveira, um dos pesquisadores do projeto, explica que o teste pode apontar a quantidade de compostos benéficos à saúde presentes no fruto, já que em um produto orgânico, a concentração dessas substâncias é maior. (Com informações da EPTV Campinas)

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