A Justiça Federal determinou que a estudante de medicina que foi expulsa da Universidade São Leopoldo Mandic, em Campinas, retorne às aulas na faculdade. O estabelecimento de ensino informou que respeitará a decisão judicial, mas que irá recorrer.
O retorno da aluna à faculdade de medicina foi ordenado pelo juiz federal Haroldo Nader, da 6ª Vara Federal de Campinas, e deve ser cumprido em até dois dias após a notificação judicial ser recebida.
Expulsa da Mandic
A saída da estudante da universidade ocorreu em 16 de fevereiro, e sua defesa entrou com recurso para que ela pudesse retornar à faculdade. A mãe da jovem chegou a comentar, nas redes sociais, a decisão da universidade em expulsar a filha.
Mas, o que aconteceu?
Em 2020, a aluna matou com um tiro na cabeça a adolescente Isabele Guimarães Ramos, na época com 15 anos. O caso aconteceu na casa da estudante, que fica em um condomínio de luxo em Cuiabá.
Atualmente com 18 anos, a jovem passou no vestibular da faculdade em Campinas e começou a cursar as aulas. No entanto, a informação do crime envolvendo a jovem começou a ser propagada pelos alunos dentro da faculdade, o que acabou causando sua expulsão.
Em nota, a faculdade afirmou que a presença da aluna gerou “um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico“.
Na época, a instituição também informou que decidiu pelo desligamento da aluna “com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina)”.
Detalhes do caso
Isabele Ramos Guimarães, de 15 anos, estava na casa da amiga e foi ferida com um tiro na cabeça e morreu. Ela foi baleada pela amiga, que praticava tiro esportivo com a família. O crime foi em 12 de julho de 2020 dentro de um condomínio de luxo em Cuiabá.
O laudo da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) apontou que a agressora estava a uma distância de 20 e 30 cm com a arma apontada para o rosto da vítima. A investigação concluiu que a versão apresentada pela agressora não era compatível com o crime, e que ela assumiu o risco de matá-la.
Na sequência, o MPR (Ministério Público Estadual) a acusou de homicídio doloso e pediu a internação provisória dela. A Justiça ordenou a internação, mas a defesa conseguiu um habeas corpus. Mas, o processo foi concluído em janeiro de 2021, e ela foi condenada por homicídio doloso qualificado.
Na decisão, a juíza Cristiane Padim da Silva apontou que a jovem agiu com “frieza, hostilidade, desamor e desumanidade”.
A adolescente cumpriu medida socioeducativa no Lar Menina Moça, no Complexo do Pomeri, em Cuiabá, por homicídio doloso. Mas, em 2022, conseguiu uma decisão favorável da Justiça, que mudou a tipificação do crime para homicídio criminoso (sem intenção) e a jovem foi solta.
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