*Com informações de Heitor Moreira/EPTV
Um laudo do IML (Instituto Médico Legal) constatou que a causa da morte do bebê de oito meses que deu entrada no Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas, nesta terça-feira (5) com diferentes ferimentos foi traumatismo craniano. Mais cedo, o padrasto da criança foi preso em flagrante. A mãe prestou depoimento e foi liberada, mas será investigada por maus-tratos – leia mais abaixo.
De acordo com o delegado da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Mateus Rocha, inicialmente o padrasto e a mãe do bebê haviam negado qualquer tipo de violência. Contudo, depois do laudo pericial, o suspeito confessou que deixou a criança cair da cama.
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“O padrasto da vítima acabou confessando que durante a noite ele deixou a criança cair da cama, bateu a cabeça e, por medo da repercussão, omitiu esse fato até da companheira dele. No meio da madrugada ele foi novamente verificar a criança e viu que ela não estava respirando e aí ele teve que comunicar a esposa”, afirmou o delegado.
À polícia, a mãe explicou que saiu para trabalhar, e ao chegar, o companheiro já estava deitado e a criança parecia estar dormindo. “Ela foi conferir, verificar como estava a criança e ele pediu para não mexer na criança. Ela deu uma olhada por cima, jantou e foi dormir. Por volta das 5h, ela foi surpreendida por ele dizendo que o filho não estava respirando mais”, acrescenta Rocha.
Maus-tratos
Ainda de acordo com o delegado, o laudo do IML constatou diversas lesões no corpo do bebê, como mordidas e hematomas. “Foi constatado que não foi a primeira vez que ele sofria maus-tratos. Esses maus tratos eram recorrentes, e que, na verdade, esse foi apenas o último ato que acabou culminando na morte dele”, relata o delegado.
À Polícia Civil a mãe teria dito que percebeu o sinal dias atrás e, ao confrontar o namorado, ele teria desconversado. Com isso, o caso é investigado como maus-tratos seguido de morte.
O padrasto foi encaminhado para a cadeia pública e será apresentado em audiência de custódia nesta quarta-feira (6). A mãe do bebê prestou depoimento e liberada, mas será investigada maus-tratos.
“Embora haja informações de que ela também estaria praticando maus-tratos, no caso em que culminou com a morte da criança, ela a princípio não tem nenhum envolvimento”, finaliza o delegado.
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