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CotidianoLíder espiritual preso em Hortolândia: polícia deve ouvir novos depoimentos sobre abusos sexuais

Líder espiritual preso em Hortolândia: polícia deve ouvir novos depoimentos sobre abusos sexuais

Dois relatos devem ser marcados e polícia também espera novas denúncias; Eduardo Santana, de 36 anos, está preso preventivamente

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'Pai Du' é investigado pela Polícia Civil por assédio sexual (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
“Pai Du” é investigado pela Polícia Civil por assédio sexual (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 

Mais duas mulheres que teriam sido vítimas de abusos sexuais por parte de um líder espiritual que atuava em um terreiro de umbanda, em Hortolândia, devem prestar depoimento ao longo da semana. Até o momento, a Polícia Civil apura oito casos, mas não descarta receber novas denúncias. Eduardo Santana, de 36 anos, foi detido neste sábado (18) e segue preso preventivamente – veja abaixo.

Segundo o delegado titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Hortolândia, José Regino, o suspeito usava a religião para praticar o assédio, até mesmo em rituais em uma cachoeira, onde banhava as vítimas e se aproveitava delas. Ele foi preso em um centro de umbanda no município.

“Ele induzia elas a praticar atos libidinosos, relatam que em um dos rituais, ele combinava um horário, por volta da meia-noite, em um riacho, uma cachoeira, e arrancava as roupas das vítimas. As vítimas alegam que ele passava a mão nas partes íntimas delas”, afirmou o delegado em entrevista à EPTV Campinas.

Ainda segundo Regino, induzidas a pensar que tudo fazia parte de um ritual, as mulheres acreditavam que aquilo era normal, mas, quando relatavam o fato a outras pessoas, perceberam que aquilo não integrava nenhuma religião.

A Polícia Civil investiga o caso há 15 dias, após receber as denúncias das mulheres. Uma delas afirmou que teve relações sexuais com Santana nestes supostos rituais. As vítimas cederam conversas em que ele sempre está assediando as mulheres, tentando convencê-las a fazer sexo.

PRISÃO

Conhecido como Pai Du, o investigado também é suspeito de homofobia e injúria racial contra um homem. O mandado de prisão foi expedido pela 2ª Vara Criminal de Hortolândia. No momento de detenção, Santana pediu por um advogado e não ofereceu resistência. Depois de levado à cadeia do município, ele foi transferido à cadeia pública de Sumaré, onde permanece atualmente.

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Preso enquanto se preparava para uma sessão religiosa, Eduardo Santana disse aos policiais que responde a um processo por assédio em Americana, onde foi professor de música, mas disse não saber das outras denúncias recentes. 
 

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