O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na manhã de hoje (23), da inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS, em Hortolândia. A fábrica trabalha com tecnologia de ponta para produzir no Brasil e comercializar no país e no mundo as moléculas de liraglutida e semaglutida, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes. Esses medicamentos são os chamados peptídeos, análogos de GLP-1, que age semelhante ao hormônio natural. Isso possibilita a redução de efeitos colaterais para os pacientes, assim como dos custos.
O evento contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros. Lula chegou a Hortolândia antes das 11h, visitou a indústria e participou da cerimônia de inauguração.
Um governo não sabe de tudo e por isso precisa ouvir trabalhadores e empresários, diz Lula
Em seu discurso durante a inauguração o presidente disse que o governo não sabe tudo e precisa ouvir trabalhadores e empresários.
“Um governo não sabe de tudo. Por isso, precisamos ouvir os trabalhadores, os empresários, os movimentos sociais, para saber onde melhorar, com diálogo ativo com quem está na ponta”,
disse o presidente.
Lula também voltou a dizer que cobrará dos países ricos pagamentos para os países pobres manterem suas florestas de pé como forma de conter as mudanças climáticas. A lógica por trás do raciocínio é que os países pobres já desmataram seus territórios e que isso facilitou o desenvolvimento econômico.
Lula também falou que o Brasil poderá até vender mão de obra se formar profissionais na quantidade necessária.
“Com a construção de 100 novos institutos federais a gente precisa discutir como vai formar gente na área da saúde. Como a gente vai colocar meninas e meninos para estudar e se transformar em profissionais altamente qualificados. E, se o mundo quiser importar a nossa mão de obra, tudo bem, se a gente tiver muita até vamos vender mão de obra”, disse o presidente da República.
E declarou: “A gente precisa ter consciência que esse País só será grande não quando a gente estiver exportando muita soja ou minério de ferro. Quando a gente estiver exportando conhecimento, tecnologia, inteligência esse País será grande.”
Após o evento, o presidente participou de um almoço com a diretoria da empresa e, em seguida, seguirá para a capital para visitar a sede do Instituto Federal.
Fábrica é a primeira desse tipo no país
A nova fábrica em Hortolândia exigiu um investimento total de R$ 70 milhões, dos quais R$ 48 milhões foram financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Segundo a EMS, a instalação irá gerar 150 novos empregos diretos e cerca de 1.000 indiretos.
A fábrica polipeptídeo sintético é considerada a primeira desse tipo no país e faz parte das iniciativas do Governo Federal em torno do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que deve receber investimento de R$ 57,4 milhões do poder público e da iniciativa privada entre 2023 e 2023.
Visitas seguidas de Lula
No dia 7 de julho, o presidente Lula visitou a região de Campinas, onde cumpriu uma série de compromissos. O primeiro foi na cidade de Salto, a cerca de 40 km de Campinas, onde ele participou de visita à unidade de adaptação de ambulâncias do Samu e da entrega de 280 novas ambulâncias.
Em seguida, o presidente viajou para Campinas, onde realizou visita às linhas de luz do Sirius no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e do lançamento da pedra fundamental do Orion, projeto do Novo PAC, financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e CNPEM – Campinas.
Além disso, ainda em Campinas, Lula participou da entrega do BRT Campinas, do viaduto Bandeirante e do anúncio de obras de macrodrenagem para prevenção de desastres naturais na região central da cidade.
Com informações da Agência Estado
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