Após relatar a preocupação por não conseguir falar com a filha que está em Maresias, no Litoral Norte, a moradora de Campinas, Ruth Mara Moreira, recebeu notícias da jovem no início da manhã desta terça-feira (21). “Falei com ela e estão todos bem”, relatou a pedagoga à produção da EPTV Campinas.
O contato foi feito por volta de 6h20, cerca de 58 horas depois do último contato entre elas, às 20h de sábado (18). “Bom dia, mãe. Deu um temporal aqui. Ficamos sem sinal de celular”, relatou Giovana, que mora em Maresias desde o final de 2022 para trabalhar com os tios do namorado em uma barraca de praia.
O alívio da família acontece em meio à tragédia na região após as tempestades que deixaram, até o momento, 45 mortos, famílias desalojadas e desabrigadas e uma série de estragos, principalmente em cidades como São Sebastião e Ubatuba. As rodovias que dão acesso aos locais, inclusive, foram destruídas.
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ACUMULADO DE 600 MM
O forte temporal que assola o Litoral Norte do estado desde sábado (18) deixou mortes e diversos transtornos pelas cidades litorâneas. Em apenas três dias, choveu 600 milímetros na região, informa o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp.
Ana Ávila, meteorologista do Centro, relata que era esperado 300 mm de chuva durante o mês de fevereiro, no entanto, choveu o dobro nas cidades apenas neste final de semana. A meteorologista ainda informa que estava previsto para chover 200 mm durante o sábado e o domingo (19), o que já seria o suficiente para causar transtornos.
“Duzentos milímetros em 24h é um grande volume de chuva. A média climatológica de chuva ali para aquela região para o mês de fevereiro é em torno de 300 mm, só que desde a sexta-feira, durante este fim de semana, houve mais de 600 mm, mais do que o dobro apenas nesse final de semana. Ou seja, mais do que o dobro esperado para todo o mês de fevereiro”, informou Ana Ávila.
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