*Com informações de Heitor Moreira/EPTV*
Uma criança morreu após ser picada por um escorpião em Piracicaba. Jamily Vitória Duarte, de apenas 5 anos, chegou a ser socorrida e passou pela UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Cristina e pela Santa Casa, mas não resistiu e veio a óbito no sábado (12), após paradas cardíacas. A família reclama na demora da criança a receber soro antiescorpiônico na rede pública de saúde.
A picada aconteceu em uma comunidade na região do Loteamento Kobayat Libano. A mãe de Jamily conta que ela estava ficando com a filha na casa do pai, após ter tido a casa atingida por um incêndio na semana passada. A picada aconteceu na sexta-feira (11) à noite.
“Vim para a casa do meu pai e na sexta-feira sai do trabalho ela estava com a minha cunhada e com a babá dela quando ela entrou gritando falando que um escorpião picou, eu achei que fosse um caco de vidro, mas quando ela abriu o pezinho e quando vi saiu o escorpião”, relatou a mãe, Patrícia das Graças Adriana Duarte.
Patrícia relata que desesperada correu com a filha para a UPA da Vila Cristina, mas reclama da demora no atendimento.
“Ela (Jamily) chegou gritando, desesperada, todo mundo ficou desesperado. Falamos que foi picada de escorpião, a recepção pediu dados, em uma tranquilidade, e aí acho que o veneno foi espalhando. Isso era umas 20h30, e fomos para a Santa Casa quase 22h, lá demorou mais meia hora para achar a veia, ela estava gelada, quase morta”, afirmou.
Segundo ela, de sexta para sábado a filha piorou, sendo que o veneno teria se espalhado, fazendo a menina ter paradas cardíacas, vindo a falecer na manhã do sábado. Ainda indignada, Patrícia acredita que houve negligência no primeiro atendimento feito a criança.
““Deixaram minha filha ali horas sofrendo, eu já cheguei falando que era picada de escorpião, e eu pensando na dor que ela estava e ela falando que não queria morrer. Fiquei na UPA quase 1h, depois meia-hora até achar a veia na Santa Casa. Se eles (na UPA) tivessem falado que não tinham soro, daria tempo de eu ter ido direto na Santa Casa”, afirmou.
Patrícia conta que a filha passou por várias salas na UPA e chegou a tomar um soro que acreditava ser o antiescorpiônico, mas depois soube que era remédio contra for.
A secretaria de Saúde do município foi questionada pela reportagem sobre o atendimento e a denúncia da falta do soro na UPA, mas ainda não se posicionou sobre o caso. A reportagem será atualizada assim que o executivo se manifestar.
De acordo com o site oficial da prefeitura de Piracicaba, o procedimento adotado pela mãe é o recomendado. A Secretaria de Saúde orienta, em caso de picada de escorpião, que a população procure a UPA mais próxima.