A DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Campinas ouviu até o momento seis pessoas ligadas ao presidente do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região, Nilton Aparecido, assassinado na manhã da última quarta-feira (26).
Entre elas, estão integrantes da chapa que disputou a eleição e que ocupava a direção da entidade antes do pleito. Segundo o delegado do setor de Homicídios, Rui Pegolo, eles mesmos procuraram a polícia.
Durante coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (27), o responsável pela investigação disse que é de conhecimento da Polícia Civil que a vítima exercia uma função no sindicato e que havia uma demanda na Justiça por parte da chapa anterior. Por esse motivo, mais sindicalistas devem ser ouvidos.
“Então, a tendência é que a polícia ouça todo mundo. Mas ontem esses integrantes já procuraram e prestaram depoimento, porque se sentiram ameaçados após terem nomes citados em grupos de WhatsApp”, disse na entrevista coletiva.
O CASO
Nilton Aparecido foi morto na manhã de ontem com um tiro à queima-roupa na nuca. Ele estava em frente à casa onde morava. A esposa dele conta que um bandido anunciou um assalto, rendeu o marido e ordenou que ela voltasse para dentro do imóvel.
Em seguida, ele mandou que a vítima virasse de costas e a assassinou com um tiro na nuca. Segundo familiares, a ação criminosa aconteceu por volta das 7h, quando um carro estacionou em frente à casa, na Rua Comandante Herculano Gracioli, no Residencial Genesis.
EXECUÇÃO?
Apesar de ter reforçado que a tese principal continua sendo execução, já que nada foi levado pelos criminosos, Pegolo diz que não descarta também a hipótese de latrocínio, já que o assalto chegou a ser anunciado pelo autor do disparo.
“A polícia trabalha primeiro com a hipótese de execução. Depois, não descartamos a hipótese de latrocínio, embora nada tenha sido levado. A vítima tinha pouco dinheiro no carro e que não foi levado. O celular foi apreendido por nós”, relatou.
Nos próximos dias, o foco deve ser colher os depoimentos de pessoas que trabalhavam e conviviam com Nilton com o objetivo de identificar alguma suspeita. A expectativa é que, após o sepultamento nesta quinta, mais pessoas sejam ouvidas.
O delegado também informou que uma câmera posicionada perto da residência da vítima não captou com precisão o crime e a placa do veículo usado pelos criminosos. Por isso a ideia é buscar mais imagens de sistemas de monitoramento.
(Com a colaboração de Eduardo Rodrigues/EPTV Campinas)