A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Campinas instaurou um procedimento para apurar a queda da árvore que matou uma criança na Lagoa do Taquaral no último dia 24. De acordo com o Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), uma série de diligências será feita.
Entre as ações, um parecer técnico do Caex (Centro de Apoio à Execução), órgão técnico do MP (Ministério Público), deve ser elaborado. A intenção dos promotores é examinar as condições fitossanitárias das árvores do parque. No dia da ocorrência, a Prefeitura atribuiu a queda ao solo úmido.
Além de Isabela Tibúrcio Fermino, uma mulher de 27 anos também foi ferida pelo eucalipto. Ela foi levada em estado grave ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde permanece internada. Após o acidente, a Prefeitura de Campinas fechou o local e outras 24 áreas públicas e iniciou uma análise pela cidade.
“Estamos terminando o inventário do Bosque dos Jequitibás. O da Lagoa do Taquaral começou há 15 dias, inclusive com poda dos eucaliptos na lateral do alambrado. Nos outros parques, os estudos também começaram. A intenção é terminar em 30 dias”, disse o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.
O grupo técnico responsável por esse trabalho, segundo o secretário, conta atualmente com engenheiros agrônomos, florestais, ambientais e biólogos.
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ANÁLISE DO ESTADO
Na quarta-feira (25), a Prefeitura de Campinas informou que vai solicitar ao governo estadual uma análise de cerca de 2 mil eucaliptos da Lagoa do Taquaral. Segundo a Administração Municipal, um ofício será encaminhado para a secretaria estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
LAUDOS DE ÁRVORES
A Prefeitura de Campinas informou que possui o levantamento, com laudos técnicos, de mais de 30 mil árvores em diversas regiões da cidade. No total, são entre 700 a 800 mil árvores adultas no município. Considerando a média, de 750 mil, Campinas tem atualmente o laudo de 4% das árvores existentes.
O número foi divulgado um dia depois de uma criança morrer no Taquaral e cerca de um mês depois da morte de um motorista de 36 anos atingido por uma figueira branca na região do Bosque dos Jequitibás. Em ambos os casos, a Prefeitura apontou a saturação do solo como a causa para os acidentes.
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