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CotidianoMP recomenda que Prefeitura de Campinas instale banheiros públicos para pessoas em situação de rua

MP recomenda que Prefeitura de Campinas instale banheiros públicos para pessoas em situação de rua

Recomendação do promotor Daniel Zulian dá prazo de 30 dias para que o poder público mapeie as áreas com maior concentração de pessoas

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Uma solicitação feita pelo Ministério Público à Prefeitura de Campinas recomenda a disponibilização de banheiros para a população em situação de rua, principalmente no período da noite. A recomendação foi expedida no final do mês passado pelo promotor Daniel Zulian. O documento dá um prazo de 30 dias para que o poder público municipal mapeie as áreas com maior concentração de pessoas e instale os equipamentos. Na cidade a maior concentração de moradores em situação de rua é na região central.

A recomendação indica a instalação de sanitários móveis ou banheiros provisórios, desde “que garantam a privacidade necessária, em locais estratégicos, atendendo à prévia identificação da maior demanda da população em situação de rua, que deve, obrigatoriamente, contemplar a região central da cidade, sem prejuízo das demais localidades identificadas”, diz trecho do documento.

Além disso, a Administração deve garantir acesso aos sanitários ou banheiros de forma permanente, durante as 24 horas do dia ou, alternativamente, ao menos durante o período noturno, especialmente das 22h até às 7h, “em razão da ausência de funcionamento de outros banheiros de acesso público nesse período”, acrescenta.

Para o promotor, não é razoável que pessoas em situação de rua e condição de ‘hipervulnerabilidade’ não tenham acesso a banheiros públicos durante o período da noite, o que leva não só à situação pessoal degradante de realizar as necessidades fisiológicas em local inapropriado.

Ele ainda defende que a atual situação, além de ter por consequência a degradação do próprio ambiente e espaço público, expõe aos riscos de contaminação e proliferação de doenças. O promotor levou em consideração a recente decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de obrigar Estados e municípios a aderirem à Política Nacional para a População em Situação de Rua, que contém medidas de zeladoria urbana.

Caso a Prefeitura de Campinas não atenda a recomendação, poderá acarretar o ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público.

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O que diz a Prefeitura?

Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que o pedido do Ministério Público está sendo avaliado em acordo com as ações que a Administração está desenvolvendo na questão da população em situação de rua.

“O município vai discutir a oferta de banheiros públicos na semana que vem na reunião do Comitê Gestor Intersetorial de Acompanhamento e de Monitoramento do Plano Intersetorial de Atenção à População em Situação de Rua”, acrescenta a nota.

Além disso, a Prefeitura salientou que mantém as seguintes políticas públicas para as pessoas em situação de rua no município:

  • SOS Rua
  • Operação Inverno
  • Mão amiga
  • Bagageiro Municipal
  • Operação “Amigos no trecho”
  • Distribuição de refeições (não é só para pop rua)
  • Recâmbio
  • Centros POP Sares unidade 1 e unidade 2
  • Casas de passagem
  • Abrigos (três abrigos masculinos, um feminino e um albergue municipal (Samim), atualmente situado na Vila Industrial)
  • Consultório na rua
  • Ações conjuntas SOS Rua – Consultório de rua
  • Combate ao trabalho infantil
  • Caminhos para o Futuro (reúne diversos serviços ao mesmo tempo em diferentes praças para promover a autonomia entre esses cidadãos)
  • Casa da Gestante
  • Na área da saúde, é ofertado atendimento integrado por meio do Consultório na Rua, Atenção Básica e Saúde Mental

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