A mulher de 27 anos que ficou ferida após a queda de uma árvore na Lagoa do Taquaral, em Campinas, que também deixou uma criança morta, teve alta nesta sexta-feira (3). Gabriela de Araújo Rodrigues estava internada no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e chegou a passar pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Agora, ela deve passar por fisioterapia, uma vez que ficou com restrição de movimento por conta da lesão na coluna (leia mais abaixo).
Segundo a nota da Rede Mário Gatti divulgada hoje, Gabriela teve alta no final da manhã, “com encaminhamento para acompanhamento ambulatorial com a equipe que a operou e suas demais necessidades serão atendidas pelos Ambulatórios Municipais de Especialidades”.
A queda da árvore na Lagoa do Taquaral aconteceu na manhã do dia 24 de janeiro. Isabela Tiburcio Fermino, de 7 anos, foi atingida pelo eucalipto e não sobreviveu. Ela estava no parque para comemorar a festa de aniversário de uma prima, junto com a família.
Desde então, todos os parques públicos de Campinas seguem fechados e a cidade está nesta sexta-feira em Estado de Atenção por conta do excesso de chuvas. Nesta sexta, a Defesa Civil estadual também emitiu um alerta, válido até terça-feira (7), de mais chuvas fortes na região de Campinas.
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FISIOTERAPIA
Em entrevista ao acidade on Campinas, Gabriela de Araújo Rodrigues, de 27 anos, contou que, depois de passar por diversos procedimentos, como a drenagem do pulmão, ela enfrenta dificuldades para se movimentar, recebe a ajuda frequente da mãe e afirma estar focada na próxima etapa do seu recomeço: a fisioterapia.
“Tenho restrição de movimento por conta da lesão na coluna. Desaprendi a andar. Tenho os movimentos das pernas, entretanto, tenho perda da força motora e da coordenação. Preciso reaprender a andar. Meu objetivo é ter alta do hospital logo e focar na fisioterapia, porque meu sonho agora é voltar a andar. Quero ter minha vida normal como era antes”, desabafa à reportagem.
JUSTIÇA
Questionada sobre a morte de Isabela e o seu estado de saúde, que ainda requer cuidados especializados e fisioterapia, Gabriela diz que pretende buscar Justiça, mesmo que isso não possa evitar o acidente, ou poupar a vida da menina.
“Acredito que seja um meio de mostrar que o município precisa fazer suas devidas manutenções para que isso não se ocorra novamente. Para que novas pessoas não sejam lesionadas ou mortas. Isso não pode ser apenas um dado estatístico. São vidas!”, defende a engenheira ambiental de 27 anos.