Em abril de 2020, quando a jornalista Bruna Mozer, de 34 anos, deu à luz ao primeiro filho, Leonardo, as incertezas com a pandemia que começava em todo o mundo dominaram o momento.
O primeiro ano do filho, em abril de 2021, não pôde ser comemorado como a mãe esperava, com uma festa cheia de crianças. Para piorar a situação, o pai, o fotógrafo Pedro Amatuzzi, teve covid-19 semanas antes do aniversário, fazendo com que a família passasse a data isolada.
Agora, em 2022, a mãe tem o primeiro ano “normal” com o filho, que teve sua primeira festinha de aniversário com convidados em abril.Com o avanço da vacinação e a flexibilização das atividades presenciais, o Leo, que não provou a vida antes da pandemia, começa a realizar atividades normais da rotina de uma criança. A nova vida é um presente para a mãe.
“Agora a gente tá vivendo uma vida praticamente normal, e ele está indo no shopping, a gente tá fazendo passeios. Então está sendo muito bom. A gente aproveita bastante. É uma uma fase muito gostosa”, disse Bruna.
OUTRA PESSOA
De acordo com a jornalista, o filho tem se adaptado bem à nova vida e interagido mais.
“A gente percebeu que, depois que ele começou a ir à escola, se desenvolveu muito mais. Ele ficou um ano e dez meses só com a gente, então, depois da escola, ele começou a interagir mais com outras pessoas. Ficou menos apegado a mim, começou a estabelecer um vínculo maior com outros adultos”, contou.A mãe diz ainda que o filho desenvolveu mais a fala no período. “Ele tá verbalizando muito melhor do que ele verbalizava antes, principalmente com outras crianças”.
CUIDADOS
Apesar da flexibilização de saídas, os cuidados com as crianças continuam fortes. É o que explica Riciele Knoner, mãe da Lieta, que também nasceu durante a pandemia. Ela, o marido e o casal de filhos, seguem com máxima atenção aos cuidados durante os passeios.
“A gente segue cuidando ainda bastante. Eles pegaram covid algumas semanas atrás, pela segunda vez já, mesmo com os cuidados. Mas voltou um pouco a rotina de poder sair com eles. Vamos no zoológico, fazemos passeios, então é gostoso mostrar o mundo pra eles, que antes a gente só falava”, comenta.
Mesmo assim a mãe da Lieta diz se sentir aliviada e menos preocupada com os filhos, já que o desenvolvimento da vacina reduziu em larga escala o número de mortes. “Pelo menos estamos pegando, mas não estamos morrendo”, comentou Reciele.
ALÍVIO
O que as duas mães, a Bruna e a Recieli, têm em comum, é o sentimento de alívio e a esperança de um mundo cada vez melhor para os filhos.
“Eu desejo que ele encontre um mundo cada vez melhor do que aquele que ele encontrou quando nasceu. Um local onde ele se sinta livre e seguro para conviver com a família, amigos, outras crianças. Livre e seguro para brincar e se desenvolver como toda criança merece”, finaliza Bruna.
ACOMPANHAMENTO
Ambas as famílias foram acompanhados pelo acidade on Campinas nos últimos dois anos, mostrando justamente essas transformações durante a pandemia de covid-19. Para ler a última matéria clique aqui.
**sob supervisão de Sarah Brito*