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CotidianoNúmero de vans escolares cadastradas na Prefeitura cai 51%

Número de vans escolares cadastradas na Prefeitura cai 51%

Período de cadastramento terminou nesta segunda-feira (15); queda afeta famílias que precisam do serviço na volta às aulas

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Com informações de Jorge Talmon/EPTV Campinas 

A quantidade de vans escolares cadastradas na Prefeitura de Campinas diminuiu nos últimos anos. Esse tipo de serviço prestado por pessoas físicas que têm o veículo caiu 51,60% entre 2019 e 2024, segundo informações da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas). O cadastramento para este ano terminou ontem (15).  

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Apesar da retração do setor ser uma realidade antes mesmo da pandemia, o cenário da covid-19 fez com que muitos clientes reduzissem as contratações do serviço e os custos com as vans também fizeram motoristas desistirem desse tipo de trabalho.  

Mesmo assim, alguns profissionais ainda enfrentam esse desafio, como é o caso da Edna, dona de uma van escolar. Em entrevista à EPTV Campinas, ela contou que muitas vezes já pensou em parar de realizar o serviço, mesmo gostando muito do transporte escolar, porque tem ficado muito difícil. 

Custos altos com a manutenção 

Edna já possui o veículo há mais de 10 anos e, nesse período, os custos com a manutenção subiram bastante. “Hoje a gente tem muito pouco apoio. Ficou muito caro manutenção, combustível, e a gente não tem isenção de imposto para trocar de van nem nada”, comenta.  

Segundo ela, tem sido uma “luta diária” manter o serviço. Além da dificuldade que ainda persiste para recuperar os clientes perdidos no período da pandemia, Edna cita as vistorias que precisam ser pagas como um dos pontos que dificultam o serviço. 

Para ter uma noção dos custos, Cícero Silva, que também é motorista de van escolar, afirmou que gastou R$ 12 mil de manutenção para deixar o veículo em dia para a vistoria deste início de ano. Só para cobrir os bancos o valor foi de R$ 7 mil.  

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Normalmente, os donos das vans fecham contrato de um ano com os clientes, mas a variação do preço do combustível acaba sendo um risco. Com as contas apertadas, Cícero também não consegue mais trabalhar com auxiliar, então vai precisar atender sozinho 26 clientes quando as aulas retornarem.  

“O que a gente recebe mensalmente tem que tirar os gastos com manutenção, vistorias… São R$ 4 mil com gasto de óleo diesel mensal, por exemplo. A gente vai se equilibrando para deixar as contas pagas”. 


Desafio na volta às aulas 

A queda na quantidade de vans escolares cadastradas afeta as famílias que precisam desse serviço, principalmente com a aproximação do período de volta às aulas.  

A vendedora autônoma Jéssica Nascimento precisa contratar o transporte escolar para buscar a filha mais velha na escola. Mesmo a rota sendo apenas de volta, o preço não está cabendo no orçamento. Segundo ela, a maioria dos motoristas de van escolar tem cobrado entre R$ 100 e R$ 120 por viagem.  

“Acaba dificultando muito. Para a gente que precisa do transporte para mais segurança das nossas crianças acaba ficando muito apertado”, relata.  

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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