Seis creches de Paulínia adotaram o revezamento entre os alunos devido ao número insuficiente de profissionais. O problema é considerado “pontual” pela prefeitura, mas os pais reclamam que não têm onde deixar os filhos.
O repositor João de Oliveira, por exemplo, diz que precisa trabalhar durante o dia e que recebeu a informação sobre o esquema em um recado no caderno do filho de um ano e 11 meses. O menino estuda na creche Jandira Salvador.
“A gente não tem nem mais como correr atrás de algum tipo de auxílio, porque fica uma correria. Complica bastante”, define ele.
Além dos avisos nos cadernos, a alteração também foi comunicada aos pais e responsáveis através de uma reunião no último dia 11. Os mesmos comunicados foram feitos em outros cinco estabelecimentos de ensino do município.
Além da creche Jandira Salvador, o problema também afeta as unidades Benedito Dias de Carvalho Júnior, Francisca Araújo, José Paulino, Aquilina Piva e Carolina Ferraz. Não há, por enquanto, previsão para a normalização.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Prefeitura de Paulínia, por meio da secretaria de Educação, esclarece que o revezamento de alunos em algumas unidades “ocorre de forma pontual e não representa o cenário geral das escolas do município”.
“A Prefeitura ressalta ainda que realizou em 2021 um Concurso Público para contratação de professores e que, até o momento, 122 profissionais foram contratados para substituir vagas de vacância”, diz a nota.
Ainda de acordo co comunicado, “já tramita na Câmara Municipal um Projeto de Lei que autoriza a realização de um Processo Seletivo para contratação temporária de mais profissionais da área da Educação”.
O texto por fim, alega que a “Administração Municipal reitera que está ciente da situação pontual de revezamento de alunos e que tem tomado as providências cabíveis para solucionar a questão o mais breve possível”.