A PF (Polícia Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) do MP (Ministério Público) fazem nesta quinta-feira (14) uma operação conjunta contra uma quadrilha suspeita de praticar roubos de cargas e de caminhões e sequestros de motoristas. As investigações começaram após um crime cometido em setembro deste ano em Valinhos (leia mais abaixo).
Ao todo, 15 mandados de prisões válidas por 30 dias foram cumpridos contra 11 homens e quatro mulheres, além de 25 mandados de busca e apreensão. As ações são executadas em diversos endereços de Osasco e São Paulo por 100 policiais federais e 100 policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Os pedidos foram feitos pela Justiça de Valinhos, cidade onde um caso deste tipo aconteceu em setembro.
Como os ladrões agiam?
De acordo com os investigadores, os ladrões agiam em cidades de São Paulo e Minas Gerais de forma violenta depois que as mulheres do grupo se passavam por empresas interessadas no frete. A negociação era feita através de um aplicativo de celular, por onde as duas partes também combinavam o encontro. Ao chegar o local, no entanto, o caminhoneiro era rendido e sequestrado.
A vítima era colocada em um cativeiro em Osasco por mais de 20 horas, período no qual a família do caminhoneiro recebia vídeos e tinha que fazer transferências por Pix. Os bandidos também roubavam as cargas e os veículos. A suspeita é que os criminosos tenham ligação com casos em Jundiaí, Itapecerica da Serra, São Paulo, Osasco e São Gonçalo do Sapucaí, em Minas Gerais.
Vão responder por quais crimes?
Os investigados devem responder por crimes de associação criminosa, roubo, furto e extorsão mediante sequestro. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. Os presos serão encaminhados para a Superintendência Regional da PF em São Paulo, onde permanecerão à disposição da Justiça.
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