O preço médio do GNV (Gás Natural Veicular) em Campinas subiu 42,01% em um ano. No mesmo período, o valor da gasolina aumentou 7,96%, e o do etanol hidratado, 3,57%. Os consumidores reclamam dos valores gastos (veja mais abaixo).
De acordo com a Abegas (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), a Petrobras faz reajustes trimestrais no preço do GNV e, para isso, tem uma fórmula que leva em conta vários fatores internos e externos.
Entre eles, segundo a entidade, está o aumento do preço do petróleo por conta da guerra da Ucrânia e da maior demanda com a retomada pós-auge da pandemia. Com isso, o preço médio saltou R$ 2,29 entre os meses de julho de 2021 e 2022:
– Julho de 2021: R$ 3,16 o metro cúbico
– Julho de 2022: R$ 5,45 o metro cúbico
– Aumento: 42,01%
MOTORISTAS LAMENTAM
Enquanto isso, os consumidores reclamam. Em Campinas, alguns motoristas com o kit instalado relatam gastar até R$ 40 a mais atualmente.
“Pra abastecer e encher 15 metros cúbicos eu gastava entre R$ 26 e R$ 30 antes. Hoje, gasto entre R$ 66 e R$ 70, em média”, relata um deles.
“Quando eu fiz a troca para o gás era bem mais vantajoso. Agora o gás subiu bastante e não tá caindo né?”, pondera outro consumidor.
O QUE DIZ O ESPECIALISTA
Para o consultor automotivo, Alan Galusni, o uso do GNV compensa para quem já tem o kit gás instalado no veículo atualmente. Mas, para quem tem interesse em começar a utilizar o recurso, é preciso fazer contas devido aos gastos.
“Quem tem o kit revisado e com tudo em ordem, compensa manter sim, porque um carro com 15 metros cúbicos gasta, em média, R$ 50 para rodar 200 km, mesmo esses não sendo números precisos”, argumenta o especialista.
No caso de quem pretende adquirir o sistema, os gastos são maiores. “Quem vai instalar o kit gás, precisa colocar na ponta do lápis o quanto custa a instalação, ver a documentação necessária e também a manutenção anual”, diz ele.
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ETANOL E GASOLINA
Com aumentos inferiores à alta do GNV, a gasolina e o etanol passaram recentemente por reajustes nos custos de venda às distribuidoras e clientes.
A última alteração passou a valer ontem (30) e envolve a queda de R$ 0,20 por litro no preço médio da gasolina pago pelas distribuidoras. O motivo, segundo a Petrobras, foi a adequação aos valores praticados no mercado internacional.
Já no caso do etanol hidratado, o governo de São Paulo anunciou a redução da alíquota do ICMS de 13,3% para 9,57% na última segunda-feira (18). Na ocasião, foi estimado que o valor nas bombas dos postos de combustíveis cairia R$ 0,17.
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