Com menos de um mês desde o último aumento, o preço da gasolina e do gás de cozinha voltou a subir em Campinas. Segundo especialistas, esse aumento tem relação com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e com a escalada do preço do petróleo no mercado internacional.
Um levantamento feito pela EPTV Campinas mostrou que 7 de 10 postos de Campinas tiveram aumento nos últimos 15 dias. A média desse aumento foi de R$ 0,7, deixando o preço entre R$ 4,19 a R$ 4,39.
Em um posto do bairro Taquaral, por exemplo, o preço do litro da gasolina foi reajustado recentemente e está em R$ 4,39, enquanto o etanol está em R$ 3,099.
A professora e consumidora Karina Santana comenta que a solução é abastecer aos poucos para não pesar tanto no bolso. “Está cada vez mais alto. Aliás, tudo está cada vez mais alto. Agora, por exemplo, eu vou colocar R$ 50, só porque está acabando, e mais para frente eu coloco mais um pouco. Mas está sendo igual no mercado, compra um pouco de cada vez”, disse.
O vigilante Carlos Souza diz que, com os reajustes, ele tem gastado quase o dobro. “Antes eu gastava R$ 160 de gasolina, agora estou gastando R$ 250. Não tem como fugir, infelizmente. Ou paga, ou não anda”, contou.
Sobre o aumento, o Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas) informou que a Petrobrás vem fazendo reajustes semanais no preço do petróleo, o que acarreta no aumento da gasolina nas bombas dos postos.
O sindicato disse ainda que há previsão de um novo aumento no dia 15 de janeiro por conta das alterações no ICMS do etanol e do diesel.
GÁS DE COZINHA
Outro item essencial que tem pesado no bolso do consumidor é o gás de cozinha. A média de aumento foi de 5% na maioria das concessionárias, elevando o preço do botijão em até R$ 5.
Nas distribuidoras em que o valor era repassado a R$ 69, o preço deve subir para R$ 74 até semana que vem. Em outros pontos da cidade o gás de cozinha chega a custar R$ 85.
De acordo com a prévia do IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor), em 2020 o gás de cozinha subiu 8,30%, quase o dobro da inflação prevista para o período, que é de 4,23%.