Um levantamento feito pelo Procon de Campinas mostra variação de até 150,3% nos preços de produtos usados em festa junina na cidade. Ao todo, 48 itens foram pesquisados. Entre eles, ingredientes como gengibre, maçã e canela (veja mais abaixo).
O objetivo do órgão é oferecer uma referência ao consumidor por meio dos preços médios obtidos em seis lugares visitados. No período, o gengibre, usado na receita do tradicional quentão, liderou a lista de itens com maior variação.
Logo em seguida, estão os bolos prontos de mandioca e de laranja, com variações de 129,42% e 99,47%, respectivamente. Já o pote de 500 gramas da maionese Liza registrou 84,17%. Veja os 15 produtos com as maiores variações:
– Gengibre: 150,38%
– Bolo pronto de mandioca: 129,42%
– Bolo pronto de laranja: 99,47%
– Maionese pote: 84,17%
– Maria mole: 81,50%
– Fubá pré-cozido: 62,38%
– Ketchup: 62,33%
– Farinha de milho em flocos: 60,12
– Mostarda: 60,12%
– Maçã gala: 59,73%
– Maionese bisnaga ovo caipira: 59,14%
– Batata palha tradicional: 55,68%
– Maionese bisnaga: 54,74%
– Batata doce roxa: 54,05%
– Paçoca de amendoim (rolha): 53,79%
A lista completa com todos os 48 produtos pode ser conferida no site do Procon Campinas.
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METODOLOGIA
A pesquisa manteve os preços comercializados em no mínimo três dos locais. Além disso, segundo a diretora do Departamento de Defesa do Consumidor, Yara Pupo os resultados não podem ser utilizados para publicidade.
“Os preços coletados podem sofrer variações, em razão de promoções e descontos, bem como em razão do período em que a coleta foi realizada. Também podem sofrer variações nas lojas de mesma rede”, argumenta ela.
Ainda segundo o órgão, a divulgação dos resultados colhidos entre os estabelecimentos para que o consumidor possa adequar a sua realidade financeira entre os menores e maiores preços encontrados no levantamento.
A INFLAÇÃO
Em 12 meses, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), as maiores variações foram do tomate, 66,42%, e do óleo de soja, 35,73%.
A pesquisa mostra ainda os reajustes de itens tradicionais da festa, como o milho verde, que ficou 14,16% mais caro no período de um ano. Veja a lista:
– Ovo: 10,69%
– Milho verde: 14,16%
– Maionese: 24,40%
– Refrigerante: 8,05%
– Água mineral: 8,05%
– Cerveja: 9,20%
– Óleo de soja: 35,73%
– Bolo: 25,20%
– Salsicha: 12,64%
– Leites e derivados: 21,96%
– Maçã: 7,71%
– Farinha (de todos os tipos): 19,28%
– Tomate: 66,42%
– Carnes: 7,80% (destaques para contrafilé, 22%, e patinho, 11%)
PRATO FEITO
Os reajustes nos preços dos produtos que compõem os pratos feitos nos últimos 12 meses também deixaram a refeição até cara em Campinas. Lidando com os aumentos, os comerciantes lamentam o lucro menor.
De acordo com a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o custo do tomate subiu 83,29%, o da batata, 50,05%, e o da alface, 49,80%, em um ano. Somente o arroz teve queda de 12,86% no período.
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