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CotidianoPromotora pede rejeição de ação contra empresário investigado por ameaçar Lula

Promotora pede rejeição de ação contra empresário investigado por ameaçar Lula

José Sabatini, de 70 anos, mora em Artur Nogueira e fez uma gravação em março deste ano contra o ex-presidente

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Empresário mora em Artur Nogueira. (Foto: Reprodução de vídeo)

O MP (Ministério Público) de Artur Nogueira pediu que a Justiça rejeite a acusação contra o empresário José Sabatini, investigado por ameaçar, em vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (veja o vídeo). O pedido foi feito em um processo movido pela defesa do ex-presidente por difamação, calúnia e injúria. 

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Na manifestação, assinada pela promotora Maria Paula Machado de Campos na última segunda-feira (23), o MP sugere ainda que, se a Justiça receber a denúncia, que seja “somente em relação ao crime de injúria, já que não há nenhuma prova da vontade livre e consciente do agente de caluniar e difamar” o ex-presidente. 

O empresário postou um vídeo em março de 2021 em que aparece armando fazendo ameaças diretas ao ex-mandatário (leia mais abaixo) 

DECISÃO 

Para a promotora, os advogados de Lula não demonstraram, na queixa-crime que deu origem ao processo, que Sabatini cometeu calúnia ou difamação. Segundo ela, os crimes ocorrem quando o autor faz acusações sabendo que elas são falsas. 

“Como bem se sabe, os crimes de calúnia e difamação são punidos a título de dolo, contudo, não há nos autos nenhum elemento que nos permita concluir que o acusado tinha consciência de que a imputação feita ao Lula era falsa”. 

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Maria Paula Machado de Campos também defende que o empresário pode ter se “deixado comover pelo atual momento político do país” ao gravar o vídeo. 

“Além disso, de rigor o resguardo da liberdade de expressão do indivíduo, especialmente em momento de intensa polarização política da sociedade, com a multiplicação de notícias veiculadas pela mídia diariamente, sobre todo tipo de tema, não sendo de se estranhar que o querelado tenha se deixado comover pelo atual momento político do país, o que não faz dele um criminoso”, defende a promotora. 

ENTENDA O CASO 

O empresário de Artur Nogueira ameaçou o ex-presidente Lula com uma arma de fogo, e postou o vídeo em redes sociais. Na filmagem, o homem aparece praticando tiro ao alvo e ameaçando o ex-presidente que, na época, teve condenações anuladas pela Justiça Federal em investigações da Lava Jato. 

Com uma bandeira do Brasil amarrada a cintura ele dizia no vídeo: “Lula, seu filho da p***, eu quero dar um recado para você. Presta atenção no recado que eu quero dar para você seu vagabundo. Se você não devolver os R$ 84 bilhões que você roubou do fundo de pensão dos trabalhadores você vai ter problema”, disse o homem enquanto apontava para a arma. 

O VÍDEO 

O caso é investigado pela Polícia Civil, que chegou a apreender duas armas do empresário em 17 de março, três dias depois da divulgação do vídeo. Sabatini também prestou depoimento para policiais do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). 

IMPEDIDO DE PROPAGAR O VÍDEO 

Dois dias depois da publicação do vídeo, a Justiça de São Paulo proibiu o homem de continuar divulgando as imagens nas redes sociais, na internet ou por qualquer outro meio. 

Na decisão, o juiz diz que, em caso de descumprimento, o homem seria condenado a multa de R$ 1 mil por dia.
“Defiro a liminar para determinar que o réu se abstenha de compartilhar, reproduzir ou propagar, por quaisquer meios, o vídeo objeto desta lide ou mensagem de igual teor ou sentido, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 até o limite de R$ 100.000,00”, escreveu o magistrado na época.

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